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terça-feira, 22 de julho de 2014

À beira da Loucura

Quase não dormia desde que chegara à Assis e já se iam dez dias. As cenas onde se via devorando a carne de Janaína não saiam de sua cabeça. Era verdade? Estava confuso. Tinha mais perguntas que respostas nestas ultimas semanas.

Matheus
Não se permitia apagar a luz, pois sabia que veria a raposa em algum lugar do quarto, esperando para rir de sua ingenuidade e inexperiência, às vezes usando a própria voz, às vezes usando a voz de seu pai, que não via há anos. Caminhou até a janela do quarto e olhou para fora caia uma fina garoa. Sob a cobertura do ponto de ônibus avistou uma garota. Ela olhava para baixo, parecia tão perdida quanto ele. Olhou para os lados e se projetou para a cabeça dela, queria saber o que se passava de tão conflitante debaixo daquele cabelo negro. Por que uma moça tão jovem quanto ele parecia tão perdida? Ainda mais em um lugar tão perigoso quanto os arredores daquele hotel.
No começo foi difícil, como se houvesse uma barreira, não deixando que faze-lo fosse tão fácil quanto era para os outros... Ela conversava com alguém... mas não havia ninguém a seu lado. Ela não falava ao celular, nem mesmo usava fones de ouvido...
"Me observando? ONDE?"
E olha olhou em sua direção... A última coisa que pode captar é que ela vira uma raposa ao seu lado na janela...

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