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sábado, 4 de outubro de 2014

TEMPESTADE E AREIA


Ele arrumou o retrovisor pela terceira vez, ia ter que
trocá-lo novamente, "a areia e a trepidação constante devem ter ferrado com sua engrenagem de novo", pensou consigo mesmo.

Mal conseguiu alinhá-lo corretamente e pode ver a tempestade de areia se formando no horizonte, esperava estar mais longe daquela maldita gruta quando isso acontecesse, talvez até ter atingido a rodovia ou mesmo a cidadezinha mais próxima, mas como sempre sua sorte não estava se fazendo presente "seria algum karma?".

Mas antes de começar a divagar pensando nos crimes que suas outras encarnações poderiam ter cometido e que agora o assombravam sentiu a apreensão de sua companheira, olhou-a de esgueio e a viu ajoelhada no banco do carro, observando a escuridão do céu, preocupada.

- Relaxa, Docinho. Aquela tempestade não irá nos alcançar, posso garantir isso a você - disse Lucas, tentando manter sua voz o mais calma possivel e prestando o máximo de atenção nas curvas e bancos de areia que haviam surgido a sua frente.

- Será que desta vez vai dar certo, Lucas? Serão cinco de uma vez, podemos estar cavando nossas próprias sepulturas... Eles podem não entender, eu não entenderia e muito menos você. - Ao mesmo tempo que Docinho sentava corretamente no banco do carro e afivelava o cinto de segurança. 

- Os Ciganos disseram que eram eles, Baby. Estamos todos arriscando demais mas até quando poderiamos continuar nesta situação? Quando Ele se cansar o que será da gente? O que aconteceria com eles? O jogo começou, e não há nada que podemos fazer a não ser seguir o plano. - Foi quando Lucas pode ver há menos de um quilômetro a frente a sinuosidade escura do asfalto da rodovia estadual.

DESPERTAR

PERSONAGENS JOGADORES

NOME: SOL

CURSO: AGRONOMIA

CONCEITO: ESCRAVO DA MODA

MOTE: "GAY? EUZINHA??"










NOME: CEZAR FILHO

CURSO: MESTRANDO EM QUÍMICA

CONCEITO: UNIVERSITÁRIO BOLSISTA

MOTE: "INFELIZMENTE, PROFESSOR, A PERDA CONSTANTE DE MATERIAL QUE OCORRE EM NOSSOS LABORATÓRIOS FAZ PARTE DO NECESSÁRIO PROCESSO DE APRENDIZADO DE NOSSOS ACADEMICOS, MAS O DOUTOR PODE TER CERTEZA, QUE NENHUMA GRAMA DESTES PRODUTOS ESTA SENDO "DESPERDIÇADA" 






NOME: LIONEL

CURSO: ENGENHARIA BIOTECNOLÓGICA

CONCEITO: ALUNO EXEMPLAR

MOTE: "EI, ALGUÉM DE VOCÊS SABE ONDE ESTÁ MINHA IRMÃ?"











NOME: RAFAEL

CURSO: DIREITO

CONCEITO: MONSTRO DE ACADEMIA

MOTE: "NO PAIN NO GAIN, BABY"

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Brindes e Simetrias

Gustav
Ele bebeu a taça de vinho rapidamente, como se tivesse pressa de sair. Parecia se sentir acuado ou preocupado com algo. Depois de sorver o último gole, agradeceu e retirou-se tão discretamente quanto havia chegado. Os dois se entreolharam assim que ele deixou o salão.
- O que há de errado com ele? - perguntou Ricardo.
- Nada... ele só não é o João! - Rômulo respondeu, enquanto bebericava o restante do líquido vermelho.
- Como assim não é João? Ele toca tão bem quanto!
Rômulo sorriu e levantou a mão, pedindo mais uma taça:
- João é apaixonado por si mesmo. Por isso toca e fica para colher os aplausos. Este rapaz é apaixonado pela música. Além disso João tem outros atributos que lhe garantem mais presença de palco, se é que você me entende...
Ricardo ponderou um pouco e teve de concordar: as pessoas simplesmente amavam João, aplaudiam-no de pé, pediam fotos, autógrafos, enquanto o rapaz, que era tão talentoso quanto ele, recebeu apenas aplausos educados.
- Será que só por que João é mais bonito do que ele...
- João não apenas é mais bonito do que ele, Ricardo. João sabe como receber aplausos e retribui-los... e é claro que ser vampiro ajuda... - e sorriu enquanto pegava a nova taça trazida pela garçonete.
- Mas, você viu a aura dele, não viu? - Ricardo perguntou, como uma criança levada que admite ter feito algo errado.
- Sim, Rick, eu vi. Ele voltou piscando como uma árvore de natal do banheiro! Acho que devemos observa-lo bem de perto...
- O que será que ele é?
- Não sei... mas tenho certeza que quero mantê-lo por perto  e descobrir mais sobre aquelas luzes. Foi Moranguinho quem o descobriu?
- Sim, ela estava fazendo uns trabalhos para Branca na federal... viu ele tocando na janela por vários dias.
Rômulo sorriu, levantou a taça e o chamou para um ultimo brinde:
- Um brinde aos humanos que mesmo tão frágeis são capazes de nos surpreender e... a meu companheiro que tem vergonha de admitir que usou seus poderes num elísio! Ricardo... sua ingenuidade me surpreende... Você nunca se tocou que TODOS nós usamos?!

terça-feira, 22 de julho de 2014

À beira da Loucura

Quase não dormia desde que chegara à Assis e já se iam dez dias. As cenas onde se via devorando a carne de Janaína não saiam de sua cabeça. Era verdade? Estava confuso. Tinha mais perguntas que respostas nestas ultimas semanas.

Matheus
Não se permitia apagar a luz, pois sabia que veria a raposa em algum lugar do quarto, esperando para rir de sua ingenuidade e inexperiência, às vezes usando a própria voz, às vezes usando a voz de seu pai, que não via há anos. Caminhou até a janela do quarto e olhou para fora caia uma fina garoa. Sob a cobertura do ponto de ônibus avistou uma garota. Ela olhava para baixo, parecia tão perdida quanto ele. Olhou para os lados e se projetou para a cabeça dela, queria saber o que se passava de tão conflitante debaixo daquele cabelo negro. Por que uma moça tão jovem quanto ele parecia tão perdida? Ainda mais em um lugar tão perigoso quanto os arredores daquele hotel.
No começo foi difícil, como se houvesse uma barreira, não deixando que faze-lo fosse tão fácil quanto era para os outros... Ela conversava com alguém... mas não havia ninguém a seu lado. Ela não falava ao celular, nem mesmo usava fones de ouvido...
"Me observando? ONDE?"
E olha olhou em sua direção... A última coisa que pode captar é que ela vira uma raposa ao seu lado na janela...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tarot, búzios e borras de café

Beto
No começo ele não lia realmente a sorte, nem era necessário: a pessoa entregava tudo o que queria saber nos primeiros 5 segundos de "leitura". Enquanto fingia embaralhar as cartas, observava o consulente e deixava que ele dissesse o que queria escutar. A história da vida dele era contada nos gestos, nas reações e nos trejeitos. Raramente tinha que recorrer à leitura do tarot, búzios, borra de café, leitura de mãos, vísceras, etc. Nos últimos tempos havia A Cigana, ela lhe dizia algumas coisas, avisava, mas na maior parte do tempo só observava de longe o que acontecia e fazia comentários engraçados sobre os clientes.
No começo achava que tinha ficado doido,
logo depois teve certeza,
mas na loucura encontrou um poder que só aumentava a cada dia.
Naquela noite o bar estava cheio, ele já havia feito 3 leituras "de mentirinha" como ele costumava chamar estas ocasiões onde ele só dizia o que as pessoas queriam ouvir, mesmo não admitindo. Pretendia fazer no máximo 5 ou 6, afinal também queria se divertir...
Havia colocado uma toalha branca sobre a mesa de metal e apenas uma cadeira de frente à sua, A Cigana orientou-o a fazer isso, além de ter certos objetos por perto quando fosse "ler a sorte", embora isso raramente acontecesse.
A cliente estava num grupo de cinco bebendo e fumando, antes de se sentar, eles riam bastante enquanto olhavam para seu trabalho e empurravam uns aos outros dizendo pra "arriscar a sorte". Estava habituado a este tipo de gente e não ligava para os "descrentes". Não demorou muito e esta moça, cheia de piercings e maquiagem pesada sentar-se à sua frente.
- Então você vê o futuro? - Ergueu a sobrancelha furada em diversos pontos.
- O futuro, o presente e o passado ás vezes - Sorriu para ela e ela sorriu de volta.
Não se engane, Beto, esta ai é só um rostinho bonito. E... ela é daquelas! ( Daquelas? O que você quer dizer com daquelas? Rosa? Me responda!)
- Então vamos ver o que você me mostra... - Ela acendeu um cigarro
- Qual seu nome?
- Liverpool - respondeu  rápido, sem titubear, sem engolir, sem piscar mesmo sendo um nome incomum, ela era uma pessoa decidida.
 - Posso falar tudo o que eu ver? - Fingiu embaralhar as cartas, mas esta era, na verdade a pergunta mais importante, que ditaria que tipo de leitura faria.
Rosa
- Vamos ver se você consegue me surpreender. - ela respondeu, rápido, olhando diretamente nos olhos, sem titubear, engolir, piscar ou roer unhas.
Ele dispôs as cartas sobre a mesa:
- Você é uma pessoa muito decidida, segura de sí e tem poucos amigos de verdade. É difícil que você confie em alguém de verdade, não é? - Ele falou, lançando as primeiras impressões que havia colhido enquanto fazia as perguntas.
- E alguém tem amigos de verdade? - Ela flexionou os dedos, fechando a mão esquerda, deixando a direita aberta, enquanto acariciava com a ponta do dedo anelar os detalhes da toalha.
 - Você perdeu alguém que você se importava muito recentemente, não? - Disse ele, virando uma segunda carta, que pouco importava qual fosse.
Ela apenas balançou a cabeça positivamente, deixando de tragar o cigarro que agora queimava entre os dedos indicador e médio, ela pareceu engolir a saliva, nervosa. Franziu a testa de leve, evocando lembranças.
- Ele está em um lugar melhor, Liverpool. Melhor do que qualquer lugar que a gente possa ir.
- Ah é? - Tragou o cigarro, fazendo uma careta.
Virou mais uma carta, sentiu a necessidade de ir mais fundo, era O carro, seguido da morte e de um 5 de paus.
- Você é uma pessoa muito madura para a sua idade por que já sofreu muito.
Beto, ela já matou gente. Muita gente! (Por que você ta me dizendo isso?! CARALEO! Não precisava saber disso!) 
- Você não mede esforços para conseguir o que quer - disse ele, apontando para O Diabo, que saiu logo em seguida.
Por que eu quero que você se livre logo dela, ela não é boa coisa, Beto! MESMO!
Veio logo em seguida a carta dos Amantes, invertida:
- Você, recentemente, fez coisas ruins, para conseguir algo... você conseguiu... mas isso não te trouxe paz, isso não te completou...
Ela tirou as mãos de cima da mesa e tragou mais uma vez, olhando dentro dos olhos.
Ela acabou de tentar ler sua mente, seu espertinho! Pra que dar esta bandeira toda? Por que não falou da merda de filhos que ela vai ter? De um cara moreno/loiro/japonês que ela vai aconhecer ainda? (Ler minha mente? Como assim? Ela é como eu?)
Virou mais três cartas, mas já nem olhava para elas, estava perdendo o controle, estava indo fundo demais...
- Existe uma pessoa que não gosta de você, uma morena, muito bonita e rica. Ela tem muitos amigos e eles vão tentar te fazer mal...
Ela quase fechou o olho direito e abriu levemente a boca...
Beto, já avisei! Pare AGORA!
A Cigana empurrou o copo de água que estava sobre a mesa, derrubando água no colo da cliente, que se levantou imediatamente, olhando assustada e com raiva para o cartomante.
(Por que você fez isso, Rosa? Tá doida?!)
 - O que é você? - a cliente disse, em tom baixo, que Beto só pode entender por que leu seus lábios.
Ela está morta, Beto! Ela está morta e agora ela quer te matar também! 
Ele engoliu em seco:
- Eu sou... um... ah... estudante?
Ela jogou o cigarro no chão, apagando-o com a ponta do coturno e afastou-se da mesa. Ele recolheu o baralho e a tolha, sob os avisos de Rosa, insistente:
Anda logo, garoto! Anda logo! Nós vamos embora AGORA!
Dispensou os outros clientes que aguardavam e saiu do Los Perdidos, sentiu-se observado por todo o trajeto até a moradia.



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Caçadores Caçados



Dorian



 Dorian é caçador de vampiros desde a década de 70, quando descobriu seus poderes paranormais sob testes na antiga URSS. Dono de senso de humor inigualável, tornou-se goul em 80, na Espanha. Gosta de uísque barato e forte e não dispensa companhias femininas, mesmo que tenha que paga-las. Juntou-se ao atual grupo há 10 anos.











Vanessa




Vanessa servia a um mestre Vampiro na França na virada do século em 1900, juntamente com Rafael. Seu mestre foi morto em uma disputa de interesses em 1942 e, desde então, ela se vê obrigada a caçar vampiros para manter-se viva e jovem. Exímia atiradora e masca chicletes o tempo todo. É parceira de Dorian.










Rafael




Rafael servia ao mesmo Mestre de Vanessa, na França, obtendo o mesmo destino. Rafael veste-se SEMPRE de preto, incluindo as roupas de baixo e é altamente supersticioso. É parceiro de Kora e sonha em faze-la provar da vitae.











Kora

Kora tem 24 anos, foi a última a se juntar ao grupo depois de sua alcateia ter sido dizimada no Canadá em 2004. Sendo a única do grupo não viciada na vitae vampírica, se esforça ao máximo para não deixar sobreviventes. Kora quer se vingar da espécie que levou sua família e é secretamente apaixonada por Angelo.




Mad Joe


Joseph Eduard Evergreen, ou simplesmente Mad Joe é um multimilionário excêntrico. Viciou-se na vitae vampírica por diversão e prazer na década de 70. Incapaz de gerir os negócios da família, Mad Joe deixa tudo nas mãos de empresas terceirizadas enquanto se joga no mundo atrás da próxima taça.




Angelo



Angelo, ou O padre, ou O noviço, é o mais velho do grupo. Foi servo de um vampiro que o sequestrou do seminário em 1850. Permaneceu a seus serviços durante 50 anos, quando o matou. De longe o mais sanguinário e frio do grupo atual, Angelo demonstra claro prazer em torturar os reféns para obter informações. Demonstra ser educado, reservado e de boa criação, mesmo se tornando um torturador frio e calculista. Acredita que é um instrumento de deus para limpar a terra dos seres que persegue.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Camarilla

Marcus, o Arcebispo
Christine

Nicolau

Sagat
Goya