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domingo, 28 de agosto de 2011

Algo mais forte... Parte 3

Ela observava os carros passeando em fila lá embaixo. O oriental ao seu lado sabia que ela estava indecisa. Não era através de magia, pois estava protegida. Ele via além disso, como se perscrutasse sua alma.
-E eles não sabem de nada, não é?
- Na verdade eles esquecem. Não vê aquela igreja ali, há duas quadras? Já recolocaram o próprio letreiro, os pastores já voltaram a pedir os dízimos. Tudo volta lentamente ao normal e, em breve, ninguém mais lembrará que Caleb existiu.
- Ele não foi o primeiro, foi?
- Aqui, até onde eu pude averiguar sim. Mas já houve outros, mais ou menos importantes. Tratamos de mantê-los nas sombras, de onde nunca deveriam ter saído. Assim querem os mestres e assim fazemos.
Ela pôs a mão no vidro e retirou, ficou observando a mancha deixada pelo calor se desfazer.
- Sim, assim fazemos.
Ele se afastou um pouco, caminhando até uma cadeira no centro da sala.
- Você deveria dormir mais cedo. Um exército só derruba o inimigo se estiver bem preparado e descansado.
- Eu tomei muito café. Terei problemas para dormir nas próximas horas. Sou mesmo uma estúpida. – ela disse, enquanto se virava para ele. Precisava ficar a sós.
Ele se levantou e caminhou novamente em sua direção, ela ficou imóvel, ele achegou-se, deslizou os dedos pelo seu rosto:
- Você se cobra demais. É muito exigente consigo mesma.
Ela confirmou com a cabeça, afinal, ele precisava e sentir o dono da situação.
- Você não quer trocar de turno comigo? Eu te chamo as 4. Não conseguirei dormir mesmo antes disso.
Ele sorriu:
- Tem certeza? Podemos ficar os dois acordados conversando, posso preparar algo para aquecer. Aqui em cima é muito frio.
- Eu teria sono depois e daí você teria que ficar a noite toda acordado. Não acho justo. Vá dormir que eu fico até as 4.
Afinal, precisava de todos dormindo ao mesmo tempo.
Ele se afastou, saindo pelo corredor, em direção aos alojamentos.
Esperou 15 minutos, até poder ouvi-lo ressonar.
Pegou o chaveiro e foi até o armário de armas, abriu-o, lá dentro colocou a bomba, ajustou o cronômetro..
Quando pegou o elevador para o térreo, chegou a sentir que a realidade se torcia, retorcia e derramava ao redor dele. A explosão seria sentida em muitos mundos, menos ali. Menos em Assis. As pessoas continuariam a pendurar cartazes, adorar falsos deuses, trepar, comer e cagar, quem sabe até ser felizes, mas apenas por que não sabiam o que lhes acontecia. Apenas por que não sabiam que o ultimo andar do Banco do Brasil explodira por inteiro, levando consigo 8 pessoas insanas.
Saiu pela porta da frente, olhou para cima, nem uma única janela quebrara, pensou, enquanto montava em sua moto e apertava a ignição.
Precisava de algo mais forte.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um corpo que cai. Parte II

- A senhora precisa ver o que encontramos. - Foi oque ele disse, meio que se curvando. Ela levantou com certa dificuldade.
- Onde?
- Na pedreira... estava lá de manhã, percebi logo que o sol nasceu.
Em um pensamento estavam os dois à beira do penhasco. Ela identificou o animal a primeira vista.
- Galo...
O homem a olhou intrigado:
- Mas senhora, é um cachorro! Dos grandes...
Ela o olhou com desprezo, de esgueio...
- Se eu disser que aquilo é um GALO, é um GALO. Entendido?
O homem olhou intrigado, já estava acostumado com as excentricidades dela, a ponto de saber que tinha de concordar, seja lá o que fosse. O totem era seu prisioneiro, ele NADA podia fazer.
- Chame Touro Branco e os outros. Precisamos de vigilância redobrada. Seremos atacados em breve.
O homem a olhou assustado.
- Por quem?
- Exatamente eu ainda nao sei... Ainda não...
O homem saiu correndo e com um salto tornou-se um lobo, que velozmente foi-se pelo meio do mato.
Ela caminhou vagarosamente até o corpo caído... olhou para cima...
- Então você voltou... veio pegar o sacrifício?


Um corpo que cai. Parte I

A música tocava tão alto que mal conseguia ouvir seus pensamentos, mas era o que eles precisavam. A música os anestesia, ao mesmo tempo que excita. Tudo o que precisava para mais uma colheita. 5000? 6000? Há tempos não conseguia contar mais: a colheita era farta. Usavam bem pouco,poupavam muito para os dias vindouros, para o dia no qual trariam velhos companheiros de volta.
Para isso serviriam os 12 apóstolos, seriam seus braços e olhos onde seus corpos não pudessem estar. presença perigosa mas indispensável nestes tempos, onde seu fantoche principal desmoronava dia-a-dia. Por que aquelas três vadias resolveram fazê-lo? Não que este não fosse o plano mas, por muito pouco, tudo não saíra fora de controle.
Mal sentia a mão de sua consorte, que o acompanhava desde o carro. Os movimentos foram se tornando cada vez mais difíceis, menos precisos, desde  a morte do vasilhame. Hoje mal sentia sua mão tocando a dela, embora seu perfume de meretriz divina chegasse ao nariz de todos, tinha certeza. Não a tolerava, apenas um de seus irmãos apreciava suas carnes. Agora, que ela carregava um filho Nosso, não poderia se dar ao luxo de perdê-la. Que mal havia em fingir que a amava? Se relacionava com estes animais, fingindo o tempo todo...
As mãos lhe tocavam enquanto passava pelo corredor, mal as sentia. Gritavam o nome do vasilhame, não o seu, ISSO O IRRITAVA, mas não importava, desde que houvesse a colheita no final. Eram vacas e ele arrancaria seu couro e carne, no momento certo.
Os 12 estavam sentados em suas respectivas cadeiras, austeros... de terno...
Mas o que é isso?
Que sensação estranha é esta? 
Como se vespas zunissem em seus ouvidos e um furacão se aproximasse pronto para dragar tudo e todos?
Quem chama meu nome?
Quem tem a coragem de...
A perna dobrou para trás enquanto o corpo projetou-se para frente, como faria um louva-deus. Sua mão soltou a de Joana. As luzes do templo piscaram e fizeram estranhos ruídos que acompanharam a queda do corpo de Caleb. Enquanto seu corpo fazia a trajetória, que marcaria o fim de uma era, seus olhos se fechavam, quando atingiu o chão era apenas uma casca vazia... que nunca mais seria usada.
A música ainda continuava, mas ninguém mais gritava. Os apóstolos, com exceção de dois, correram para tentar conter a multidão enfurecida, porém, quando chegaram, só encontraram restos e trapos rasgados. A multidão o adorava, o amava como nada mais.
Devoraram-no para manter o deus dentro deles.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

#comand OPEN MIND
#list PROBLEMS

- Pedro
- Inês
- Demônios 
- Índia
- Dragão
- Power Ranges
- Kaleb
- Mago X
- Lobisomens/Vampiros
- Mestras
- Locais de MANA.
%end
#list possiblities

Turn multipossibilities mode on? (Y/N)
Y
101010010010010000000011111100010010010000100101111110 x10³

Establish PRIORITIES? (Y/N) 

OF COURSE!

- Índia ou Lobisomens ou Vampiros
- Power Ranges
- Mago X – Aurélia - Kaleb – Demônios
- Pedro          - Inês
- Dragão – Mestras
- Locais de MANA

Set dangerousness? (Y/N/THAT IS UP TO YOU) Y

- Dragão – Mestras
- Pedro          - Inês
- Kaleb – Demônios – Aurélia – Mago X
- Power Ranges
- Lobisomens/Vampiros
- Índia

#result/q/s

YOU ARE FUCKED

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Não há lugar como o lar, Parte I

- Graças a deus, não aguentava mais ficar sentada. - Ela disse saindo do carro, enquanto tentava com as mãos desfazer o amassado da roupa. - A viagem de carro demorou mais do que o avião...
- Ainda não entendo o por quê...
- Por que não podemos nos dar ao luxo de sermos vistas, há muita coisa acontecendo.
- Parece que foi ontem! Nada mudou...- disse a outra enquanto olhava a igreja.
- Tirando aquele monte de rotatórias... nada mudou.
O salto alto fazia barulho na calçada, enquanto ela andava em círculos, olhando o céu. - Sim, muita coisa acontecendo!
- Não há lugar como o lar, garotas. Não há lugar como o nosso lar...