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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os Npc's

Profa Daniels



















Vô Autourdelalune


















Lillian Brand'Omir




















Cristy Carlton






"Oi."













quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ascensão

Apresentando os PC's da nova campanha: 

Willian (Bill) Brand'Omir





"Eu escolhi não servir."


"Desliga esta P* de rádio!"








Robert ( Bob) Autourdelalune







"Igualdade de direitos entre brancos e negros, homens e mulheres, onde está que eu não vi ainda?"



"Um pouco de terra de cemitério, um pouco de cabelo, um pouco da roupa da pessoa..."







Jack ( O Ruivo) Daniels


"Isso não é o que você está pensando! O livro é de pornô, JURO!"


"Você não pode se esconder de mim, eu vejo todos os lugares. Tenho mil olhos. O espaço é só uma ilusão."



sábado, 12 de janeiro de 2013

Duas casas


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Santa Ceia

- TOMEM! EM MEU NOME! - Ele gritou erguendo a caneca de cerveja, enquanto era seguido pelas outras vozes.
- ANGEL! ANGEL! KAMPF ANGEL! - E todos beberam suas canecas de cerveja gritando  e se abraçando. Nenhum notou a herege intenção do anfitrião, que retomou sua fala, depois de um solene arroto, seguido de gargalhadas e atos semelhantes.
- Vocês, nós, meus irmãos... somos os escolhidos! Vocês não estão aqui à toa, vocês não estão aqui sofrendo só pra aprender a atirar, aprender a brigar, aprender a sobreviver... Isso é um teste! Vocês, nós, vamos ser o maior exército da terra! Nós vamos quebrá aquela cidade! Não vai tê polícia, não vai tê chinês, não vai tê ninguém! A gente vai acabar com esta cambada roubando o que é nosso por direito! A gente vai pisar na cara destes pretos, MACACOS FILHOS DA PUTA! A gente vai matar UM POR UM dos que aparecerem na nossa frente! Vai chovê botina nestes filho da puta!!!!
O doutor quase se retirou da sala diante da balburdia e do barulho que esta declaração causou. As paredes tremiam, as mesas pulavam e copos se quebravam diante da euforia dos rapazes.
- Quem aqui ta cansado de ter que ralá pra ganhar dinheiro, enquanto um preto filho da puta ganha bolsa por que tem filhos como quem tem porcos?
- EEEEEEEU!
- Quem ta cansado de cota? Quem tá cansado de dar esmola pra estes FILHO DA PUTA?
Mais uma saraivada de urros e gritos histéricos.
- A gente vai fazer o que é certo! Vocês são só os primeiros! Nós vamos virar um exército e vamos tomar o que é nosso! A GENTE VAI QUEBRÁ TUDO!!! A GENTE FOI ESCOLHIDO! A GENTE FOI ESCOLHIDO PRA MANDA NAQUELA CIDADE!
Até mesmo o doutor era levado pelo carisma sobrenatural do homem que suava na frente de todos, mesmo estando preocupado com o homem doente que ele insistira que viesse participar deste júbilo.
- Traz o 18 aqui em cima, doutor! TRAZ O 18!
- DEZOITO! DEZOITO! DEZOITO!
O rapaz foi levado de cadeira de rodas até o palco improvisado.
- Mostra esta perna pra todo mundo doutor! Aumenta a luz aqui!
O médico retirou o lençol e ajudou o rapaz a se sentar. Todos puderam ver a mancha negra que se estendia pela perna de 18 e sentir o cheiro nauseabundo de suas feridas.
- Dezoito, me diz agora: você acredita na irmandade? - gritou o homem.
- Acredito! - Gritou timidamente o febril soldado.
- Então grita! Então mostra que acredita, 18!
- EU ACREDITO NA IRMANDADE! EUACREDITONAIRMANDADENOPAISENARAÇABRANCA!
Em coro os outros responderam, uniformemente:
- IRMANDADE, PAÍS E A RAÇA BRANCA!
- MAIS FORTEEEEEE! - gritou o homem até o último fio de voz que lhe sobrou.
- IRMANDADE, PAÍS E A RAÇA BRANCA! - gritaram todos juntos, inclusive o médico e o doente cambaleante.
Em meio a todas estas vozes, Angel gritava, enquanto as sombras pareciam se mover ao seu redor, deixando-o nitidamente, maior, luminoso...
- EU ACREDITO QUE VOCÊ ESTÁ CURADO, 18! EU SEI QUE SE VOCÊ ACREDITA EM MIM... SE VOCÊ ACREDITA NA IRMANDADE.. EU SEI QUE VOCÊ VAI FICAR CURADO. POR QUE VOCÊ FOI ESCOLHIDO, 18! POR QUE A GENTE FOI ESCOLHIDO PRA SER O POVO MAIS FORTE DESTE PLANETA!
18 levantou-se e pousou os pés no chão, enquanto gritava junto com o coro "Eu acredito! Eu acredito!" e todos puderam ver suas feridas se fecharem lentamente.
Angel deixou o palco enquanto todos gritavam e jogavam 18 para cima, festejando-o, deixando que cada qual pensasse o que quisesse do acontecido. Estava radiante, estava cheio de fé e orgulhoso do que conseguira sem um único milagre. Sentiu um pouquinho daquilo que imaginava ser a sensação que Ele sentiria nestas situações e então, toda a razão da guerra ficou clara...





4 luas - Parte IV

- Eu vi o que o senhor fez lá dentro! Todo mundo viu! O que o senhor é?
Ele puxou a fumaça do charuto mais uma vez e soltou em direção do rosto dele. Ele já fora Nelson, agora era 28.
- O que acha que sou, 28?
Sentia-se forte, o jantar rendera mais força do que jamais ganhara. Estava saboreando a sensação, o poder, a esperança da semente que tinha sido plantada. Antes ele era Angel, agora era Kampf Angel, Führer Angel...
- Acho que você é um Anjo... - ele disse baixinho, sem coragem de dizer as palavras, com medo de ofender  o homem à sua frente.
- Não existe esta bobagem, 28! Eu sou seu companheiro, seu líder! Um escolhido... como você! É...pra conduzir este povo pra verdade, pra vitória - tragou novamente, estavam perto, à distância de um beijo, quando ele soltou a fumaça novamente no rosto do rapaz - Nossa raça vai prevalecer! Nossa raça vai dominar aquela maldita cidade! A gente nunca mais vai engolir a polícia! A gente nunca mais vai engolir os chineses! A gente nunca mais vai ter que aturar pretos FILHOS DA PUTA, ocupando empregos, ganhando bolsas família, bolsa escola, ocupando lugares nas escolas, ganhando COTAS por que são burros demais pra competir com os BRANCOS! Aqueles macacos SUJOS!
- Eu não sou como o senhor! Você é forte! Você pode fazer aquilo que fez!
- Eu vou conduzir vocês prum mundo onde vocês poderão fazer oque quiser. Mesmo aquilo! É fazer aquilo que você quer, 28? É o poder de curar pessoas? O poder de curar seus irmãos com suas mãos? Me diz o que você quer de verdade, 28! QUALQUER COISA!
- Qualquer coisa? - ele perguntou timidamente, diante da voz do homem que retumbava como um trovão, a sala parecia mais escura, mais acolhedora.
- QUALQUER COISA, 28! Se você crê em mim, eu posso fazer que você tenha qual..quer...coisa...
Os dois estavam colados, o rapaz suava, não conseguia piscar os olhos vidrados de admiração, de prazer por te-lo tão perto. Kampf Angel ali... tão perto... podia sentir o cheiro de suas roupas, de seu halito... ele disse, agora sussurrando no ouvido do rapaz:
- Diga! Me diga o que quer. E eu vou te dar... me dê seu corpo, me dê sua alma e eu vou te dar qualquer coisa... Tudo o que sempre sonhou... Por que você é digno, por que você é um dos escolhidos... por que você é meu escolhido... meu...
O rapaz engoliu seco, uma gota de suor entrou em seu olho direito:
- Quero ser seu melhor soldado, seu melhor irmão, mein Kampf! Quero a força de dez homens! - E, num ápice de coragem, puxou o corpo do homem contra o seu e o beijou.




4 luas - Parte III

- Por favor, NÃO! Eu vou trazer os fuzil de volta!
Sergay apontava a arma novamente para sua cabeça. Estavam em frente a um galpão abandonado, no mesmo porto onde dera a oportunidade para que ele fugisse.
- Agora é tarde demais, amigo...
- Por favor! Eu te dou qualquer coisa! Faço o que você quiser!
Ele ergueu a sobrancelha direita, não tinha aquilo em mente. A proposta surgiu espontaneamente.
- Me daria mesmo QUALQUER COISA, Trento? Qualquer coisa mesmo?

Sergay Romanof

4 Luas - Parte II

O médico o conduzia por um corredor branco, extremamente limpo e claro.
- ... Este é o refeitório. Sua foto fica logo acima dos coxos onde se servem, como poder ver. Todas as notícias que chegam são por aqueles auto-falantes. É claro que tomamos o cuidado de usar um sintetizador então toda voz que eles escutam é a sua. Palavras de encorajamento, de boas notícias, de descanso, de conforto... está tudo relacionado a sua voz...a noite, ao dormir, tomei o cuidado de fazer uma mistura que os deixa particularmente sensíveis à estímulos, enquanto deixamos sua voz entrar no dormitório pelo auto-falante, bem baixinho... Inconscientemente eles escutam, já fizemos os testes com eletrodos. Tudo tem corrido melhor do que o esperado, Senhor Angel ou devo dizer Kampf Angel, como eles se referem ao senhor?! Estou excitadíssimo, sabe? Sempre quis conduzir uma experiência como esta! E ver que os anos de estudo não foram em vão... O local e as condições são adequados e o senhor é uma figura muito forte, muito fácil de usar...
- Onde eles estão no momento?
- 28 deles estão há cerca de 60 quilômetros daqui, em uma cidade abandonada, fazendo treinamento de rua. Dois deles se encontram aqui, um por que insistiu que queria ficar aqui, até que o senhor viesse. Eles estão aguardando muito ansiosos pela sua visita. O outro... bem... o senhor pediu que se alguém se machucasse gravemente, o senhor fosse chamado. Há cerca de 5 dias o soldado 18 foi picado por uma cobra particularmente venenosa. Temos todos os antídotos aqui, isso não foi um problema, porém a gangrena que surge em decorrência disso é sempre muito perigosa. O rapaz insistiu em continuar os treinamentos, porém a sua perna piorou e temo que ele tenha que ser amputado ainda hoje...
Angel sorriu.
- Leve-me até ele, doutor.
O médico o conduziu ainda falante pelos corredores até a enfermaria, onde o rapaz jazia em um leito. Podia se ver que ele tinha calafrios pelos ferimentos e que ostentava um olhar inquieto, era Daniel.
- Kampf Angel! O senhor veio! O senhor veio mesmo!
- Eu não ia deixar um irmão sofrendo sozinho, Daniel...
- 18, senhor, meu nome agora é 18! Somentedesistindodenossaidentidadepodemosservircomodevemos servirempróldairmandadedopaísdaraçabrancaHEIL!
Angel olhou para o lado e viu o sorriso orgulhoso do médico diante da euforia do pronunciamento de 18.
- Como está sua perna, 18? - Disse Angel enquanto levantava o lençol e via a carne podre.
- Está melhor hoje, Kampf Angel! Tenho certeza de que amanhã poderei voltar aos exercícios com os outros companheiros!
Angel sorriu e cobriu novamente a perna.
- Doutor, os outros irmãos voltam hoje?
- Sim, senhor Angel. No fim de tarde eles voltarão. Já mandei os cozinheiros providenciarem um banquete digno de sua chegada.
- Agradeço, doutor. Quero bebida também. Cerveja bem gelada para todos...
Ele afagou a cabeça de 18, que sorria debilmente. Debilmente demais para tirar proveito dele, nenhum acordo válido seria feito com aquela febre.
- Senhor, temo que o álcool não seja a melhor opção quando em...
- Certifique-se também que 18 esteja presente no jantar. Ele tem que se juntar aos irmãos, não pode ficar para trás!
- Mas senhor, já avisei que estávamos agendando a ampu...o procedimento médico e...
- Certifique-se de que ele esteja lá, INTEIRO, doutor. Qualquer procedimento pode esperar. Darei a estes garotos um show do qual vão se lembrar por muito tempo.

4 luas - Parte I

Trento era grego, mantinha várias conexões com o submundo no Rio de Janeiro e no Paraguai: era um dos seus principais atravessadores "pequenos", do tipo que alimenta um ou outro morro ou comunidade.
- "Sir", tenho certeza de que o cara vai me pagar ou entregar de volta! Ele é brother, de confiança!
Sergay apontava a arma para sua testa, sem mover nenhum outro músculo, estava sereno e impassível como em qualquer situação. Gostava da sensação que a arma lhe proporcionava. "Descer" na diretoria poderia ter sido um suicídio na carreira, mas lhe rendera muito mais prazer do que qualquer outra função: lidava diretamente com traficantes, aviões grandes e pequenos, gente da pior espécie, que sempre procurava uma maneira de passar "o Russo" para trás. Mas Sergay não estava disposto a ser tão condescendente como seu antecessor. Em um mês já recebera 4 dívidas consideráveis dos colombianos e de um traficante de Osasco, 3 delas envolveram tiros e isso o deixava ainda mais feliz. Intimidar era uma arte que gostava, sabia executar mas que torcia para que não funcionasse: adorava adotar medidas extremas.
- Meu contato diz que este tal era contato dos chineses, Trento. Este cara nunca mais vai aparecer...
- "Sir", oque é 3 fuzilzinho pra você? Que que são vinte e pocos mil pra você?
Nenhum outro músculo se moveu, além da mão que saiu do bolso esquerdo e engatilhou a pistola:
- Realmente, nada... mas o respeito que perco é imensurável...
Baixou a arma, ajoelhou-se próximo ao ouvido do grego:
- Dez... nove... oito...
O homem saiu correndo como nunca em sua vida...