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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Brindes e Simetrias

Gustav
Ele bebeu a taça de vinho rapidamente, como se tivesse pressa de sair. Parecia se sentir acuado ou preocupado com algo. Depois de sorver o último gole, agradeceu e retirou-se tão discretamente quanto havia chegado. Os dois se entreolharam assim que ele deixou o salão.
- O que há de errado com ele? - perguntou Ricardo.
- Nada... ele só não é o João! - Rômulo respondeu, enquanto bebericava o restante do líquido vermelho.
- Como assim não é João? Ele toca tão bem quanto!
Rômulo sorriu e levantou a mão, pedindo mais uma taça:
- João é apaixonado por si mesmo. Por isso toca e fica para colher os aplausos. Este rapaz é apaixonado pela música. Além disso João tem outros atributos que lhe garantem mais presença de palco, se é que você me entende...
Ricardo ponderou um pouco e teve de concordar: as pessoas simplesmente amavam João, aplaudiam-no de pé, pediam fotos, autógrafos, enquanto o rapaz, que era tão talentoso quanto ele, recebeu apenas aplausos educados.
- Será que só por que João é mais bonito do que ele...
- João não apenas é mais bonito do que ele, Ricardo. João sabe como receber aplausos e retribui-los... e é claro que ser vampiro ajuda... - e sorriu enquanto pegava a nova taça trazida pela garçonete.
- Mas, você viu a aura dele, não viu? - Ricardo perguntou, como uma criança levada que admite ter feito algo errado.
- Sim, Rick, eu vi. Ele voltou piscando como uma árvore de natal do banheiro! Acho que devemos observa-lo bem de perto...
- O que será que ele é?
- Não sei... mas tenho certeza que quero mantê-lo por perto  e descobrir mais sobre aquelas luzes. Foi Moranguinho quem o descobriu?
- Sim, ela estava fazendo uns trabalhos para Branca na federal... viu ele tocando na janela por vários dias.
Rômulo sorriu, levantou a taça e o chamou para um ultimo brinde:
- Um brinde aos humanos que mesmo tão frágeis são capazes de nos surpreender e... a meu companheiro que tem vergonha de admitir que usou seus poderes num elísio! Ricardo... sua ingenuidade me surpreende... Você nunca se tocou que TODOS nós usamos?!

terça-feira, 22 de julho de 2014

À beira da Loucura

Quase não dormia desde que chegara à Assis e já se iam dez dias. As cenas onde se via devorando a carne de Janaína não saiam de sua cabeça. Era verdade? Estava confuso. Tinha mais perguntas que respostas nestas ultimas semanas.

Matheus
Não se permitia apagar a luz, pois sabia que veria a raposa em algum lugar do quarto, esperando para rir de sua ingenuidade e inexperiência, às vezes usando a própria voz, às vezes usando a voz de seu pai, que não via há anos. Caminhou até a janela do quarto e olhou para fora caia uma fina garoa. Sob a cobertura do ponto de ônibus avistou uma garota. Ela olhava para baixo, parecia tão perdida quanto ele. Olhou para os lados e se projetou para a cabeça dela, queria saber o que se passava de tão conflitante debaixo daquele cabelo negro. Por que uma moça tão jovem quanto ele parecia tão perdida? Ainda mais em um lugar tão perigoso quanto os arredores daquele hotel.
No começo foi difícil, como se houvesse uma barreira, não deixando que faze-lo fosse tão fácil quanto era para os outros... Ela conversava com alguém... mas não havia ninguém a seu lado. Ela não falava ao celular, nem mesmo usava fones de ouvido...
"Me observando? ONDE?"
E olha olhou em sua direção... A última coisa que pode captar é que ela vira uma raposa ao seu lado na janela...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tarot, búzios e borras de café

Beto
No começo ele não lia realmente a sorte, nem era necessário: a pessoa entregava tudo o que queria saber nos primeiros 5 segundos de "leitura". Enquanto fingia embaralhar as cartas, observava o consulente e deixava que ele dissesse o que queria escutar. A história da vida dele era contada nos gestos, nas reações e nos trejeitos. Raramente tinha que recorrer à leitura do tarot, búzios, borra de café, leitura de mãos, vísceras, etc. Nos últimos tempos havia A Cigana, ela lhe dizia algumas coisas, avisava, mas na maior parte do tempo só observava de longe o que acontecia e fazia comentários engraçados sobre os clientes.
No começo achava que tinha ficado doido,
logo depois teve certeza,
mas na loucura encontrou um poder que só aumentava a cada dia.
Naquela noite o bar estava cheio, ele já havia feito 3 leituras "de mentirinha" como ele costumava chamar estas ocasiões onde ele só dizia o que as pessoas queriam ouvir, mesmo não admitindo. Pretendia fazer no máximo 5 ou 6, afinal também queria se divertir...
Havia colocado uma toalha branca sobre a mesa de metal e apenas uma cadeira de frente à sua, A Cigana orientou-o a fazer isso, além de ter certos objetos por perto quando fosse "ler a sorte", embora isso raramente acontecesse.
A cliente estava num grupo de cinco bebendo e fumando, antes de se sentar, eles riam bastante enquanto olhavam para seu trabalho e empurravam uns aos outros dizendo pra "arriscar a sorte". Estava habituado a este tipo de gente e não ligava para os "descrentes". Não demorou muito e esta moça, cheia de piercings e maquiagem pesada sentar-se à sua frente.
- Então você vê o futuro? - Ergueu a sobrancelha furada em diversos pontos.
- O futuro, o presente e o passado ás vezes - Sorriu para ela e ela sorriu de volta.
Não se engane, Beto, esta ai é só um rostinho bonito. E... ela é daquelas! ( Daquelas? O que você quer dizer com daquelas? Rosa? Me responda!)
- Então vamos ver o que você me mostra... - Ela acendeu um cigarro
- Qual seu nome?
- Liverpool - respondeu  rápido, sem titubear, sem engolir, sem piscar mesmo sendo um nome incomum, ela era uma pessoa decidida.
 - Posso falar tudo o que eu ver? - Fingiu embaralhar as cartas, mas esta era, na verdade a pergunta mais importante, que ditaria que tipo de leitura faria.
Rosa
- Vamos ver se você consegue me surpreender. - ela respondeu, rápido, olhando diretamente nos olhos, sem titubear, engolir, piscar ou roer unhas.
Ele dispôs as cartas sobre a mesa:
- Você é uma pessoa muito decidida, segura de sí e tem poucos amigos de verdade. É difícil que você confie em alguém de verdade, não é? - Ele falou, lançando as primeiras impressões que havia colhido enquanto fazia as perguntas.
- E alguém tem amigos de verdade? - Ela flexionou os dedos, fechando a mão esquerda, deixando a direita aberta, enquanto acariciava com a ponta do dedo anelar os detalhes da toalha.
 - Você perdeu alguém que você se importava muito recentemente, não? - Disse ele, virando uma segunda carta, que pouco importava qual fosse.
Ela apenas balançou a cabeça positivamente, deixando de tragar o cigarro que agora queimava entre os dedos indicador e médio, ela pareceu engolir a saliva, nervosa. Franziu a testa de leve, evocando lembranças.
- Ele está em um lugar melhor, Liverpool. Melhor do que qualquer lugar que a gente possa ir.
- Ah é? - Tragou o cigarro, fazendo uma careta.
Virou mais uma carta, sentiu a necessidade de ir mais fundo, era O carro, seguido da morte e de um 5 de paus.
- Você é uma pessoa muito madura para a sua idade por que já sofreu muito.
Beto, ela já matou gente. Muita gente! (Por que você ta me dizendo isso?! CARALEO! Não precisava saber disso!) 
- Você não mede esforços para conseguir o que quer - disse ele, apontando para O Diabo, que saiu logo em seguida.
Por que eu quero que você se livre logo dela, ela não é boa coisa, Beto! MESMO!
Veio logo em seguida a carta dos Amantes, invertida:
- Você, recentemente, fez coisas ruins, para conseguir algo... você conseguiu... mas isso não te trouxe paz, isso não te completou...
Ela tirou as mãos de cima da mesa e tragou mais uma vez, olhando dentro dos olhos.
Ela acabou de tentar ler sua mente, seu espertinho! Pra que dar esta bandeira toda? Por que não falou da merda de filhos que ela vai ter? De um cara moreno/loiro/japonês que ela vai aconhecer ainda? (Ler minha mente? Como assim? Ela é como eu?)
Virou mais três cartas, mas já nem olhava para elas, estava perdendo o controle, estava indo fundo demais...
- Existe uma pessoa que não gosta de você, uma morena, muito bonita e rica. Ela tem muitos amigos e eles vão tentar te fazer mal...
Ela quase fechou o olho direito e abriu levemente a boca...
Beto, já avisei! Pare AGORA!
A Cigana empurrou o copo de água que estava sobre a mesa, derrubando água no colo da cliente, que se levantou imediatamente, olhando assustada e com raiva para o cartomante.
(Por que você fez isso, Rosa? Tá doida?!)
 - O que é você? - a cliente disse, em tom baixo, que Beto só pode entender por que leu seus lábios.
Ela está morta, Beto! Ela está morta e agora ela quer te matar também! 
Ele engoliu em seco:
- Eu sou... um... ah... estudante?
Ela jogou o cigarro no chão, apagando-o com a ponta do coturno e afastou-se da mesa. Ele recolheu o baralho e a tolha, sob os avisos de Rosa, insistente:
Anda logo, garoto! Anda logo! Nós vamos embora AGORA!
Dispensou os outros clientes que aguardavam e saiu do Los Perdidos, sentiu-se observado por todo o trajeto até a moradia.



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Caçadores Caçados



Dorian



 Dorian é caçador de vampiros desde a década de 70, quando descobriu seus poderes paranormais sob testes na antiga URSS. Dono de senso de humor inigualável, tornou-se goul em 80, na Espanha. Gosta de uísque barato e forte e não dispensa companhias femininas, mesmo que tenha que paga-las. Juntou-se ao atual grupo há 10 anos.











Vanessa




Vanessa servia a um mestre Vampiro na França na virada do século em 1900, juntamente com Rafael. Seu mestre foi morto em uma disputa de interesses em 1942 e, desde então, ela se vê obrigada a caçar vampiros para manter-se viva e jovem. Exímia atiradora e masca chicletes o tempo todo. É parceira de Dorian.










Rafael




Rafael servia ao mesmo Mestre de Vanessa, na França, obtendo o mesmo destino. Rafael veste-se SEMPRE de preto, incluindo as roupas de baixo e é altamente supersticioso. É parceiro de Kora e sonha em faze-la provar da vitae.











Kora

Kora tem 24 anos, foi a última a se juntar ao grupo depois de sua alcateia ter sido dizimada no Canadá em 2004. Sendo a única do grupo não viciada na vitae vampírica, se esforça ao máximo para não deixar sobreviventes. Kora quer se vingar da espécie que levou sua família e é secretamente apaixonada por Angelo.




Mad Joe


Joseph Eduard Evergreen, ou simplesmente Mad Joe é um multimilionário excêntrico. Viciou-se na vitae vampírica por diversão e prazer na década de 70. Incapaz de gerir os negócios da família, Mad Joe deixa tudo nas mãos de empresas terceirizadas enquanto se joga no mundo atrás da próxima taça.




Angelo



Angelo, ou O padre, ou O noviço, é o mais velho do grupo. Foi servo de um vampiro que o sequestrou do seminário em 1850. Permaneceu a seus serviços durante 50 anos, quando o matou. De longe o mais sanguinário e frio do grupo atual, Angelo demonstra claro prazer em torturar os reféns para obter informações. Demonstra ser educado, reservado e de boa criação, mesmo se tornando um torturador frio e calculista. Acredita que é um instrumento de deus para limpar a terra dos seres que persegue.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Camarilla

Marcus, o Arcebispo
Christine

Nicolau

Sagat
Goya

Introducing the background

Amadeus, cria de Natanael
 Assis by night:


Brunus, cria de Gizela

Gizela, a xerife

Igor, cria de Tiago

Liverpool, cria de Domênico

Bispo Michael

Bispo Mercedez
"Uma mão lava a outra... e quando as duas estão cheia de sangue... rs"

Bispo Natanael

Punk

Raquel, cria de Mercedez

Romulo, cria de Mercedez

Bispo Tiago, mastim


Problema




Angelo, goul de João

Ruuu
"ruuuuuuuuuuu... ruuuuuu"
Moacyr aka Moranguinho

Moranguinho

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

BlackOut

O telefone tocou, Samantha levantou-se da mesa do jantar e atendeu “alo?”, mas ninguém respondeu do outro lado. “Alo? Não estou te escutando!”. Seguiu-se apenas um chiado estranho. Ela desligou. Assim como sua vizinha Patrícia desligou. Assim como Edson desligou no mesmo andar, após sair correndo do banho.
Fernando não atendeu, pois estava tentando fazer a tv voltar a funcionar. Estranhamente ela saiu do ar, mostrando apenas o característico chuvisco, em lugar da tela azul.
Helena esperava pelo fim da novela, mas o que assistiu foi o chuvisco, Dr. Mario esperava por um telefonema do hospital, mas a estática só o deixou mais preocupado. Quando Francine, a enfermeira, tentou ligar para o Doutor, não havia linha, apenas chiado, tanto no telefone fixo quanto no móvel.
Josemar, Claudia e Celeste tiveram suas ligações cortadas pelo chiado, um falava de futebol com um amigo, a outra com o amante e a outra com a amante. Crispim xingou e jogou o celular na parede quando sua ligação foi interrompida, era uma grande negociação de 200 kg de haxixe que ia pelo ralo. Gustavo sorriu, pois sabia quem era, após olhar para o telefone público que tocava sem parar. Maria atendeu “José?”, mas apenas o chiado respondeu. “Está no cinema esta hora.”, pensou. A atendente policial que respondia a uma chamada de emergência pelo rádio, ficou falando sozinha, enquanto do outro lado a telefonista em pânico tentava outros meios, em vão, de alerta-la. O bombeiro não pode ser chamado. O veterinário e a prostituta também não. E assim, cada telefone da grande São Paulo tocou, seguido de um ruído estranho que apenas os ouvidos certos sabiam identificar. Os televisores fora do ar chiavam a mesma mensagem, assim como os monitores, os rádios amadores, as rádios e a própria estática que saia das caixas de som dos computadores. Aquela voz, aos ouvidos de poucos dizia: Me deem o que foi roubado que vos perdoo...Me deem o que foi roubado que vos perdoo...Me deem o que foi roubado que vos perdoo...Me deem o que foi roubado que vos perdoo...Me deem o que foi roubado que vos perdoo...Me deem o que foi roubado que vos perdoo...

Atenção Senhores Passageiros

-         Sr Jair?
-         Sim!? – Respondeu ele nervoso.
-         O sr deve nos acompanhar até a sala de imigração, por favor.
-         Por que? O que eu fiz?
Os dois homens se entreolharam sem expressão alguma no rosto e responderam simultaneamente em coro:
-         Há um recado para o senhor...
O rapaz seguiu os dois capangas desconfiado, arrastando sua mochila de viagem. Deixaram-lhe em uma sala vazia, exceto por uma cadeira e um aparelho de televisão, sobre uma pequena mesa. No momento em que ele se sentou, a tv, como que por mágica, ligou-se sozinha.
      A voz que ele escutou era familiar...

sábado, 23 de novembro de 2013

More Human than Human

LONGINUS
(Gabriel da Silva, o mendigo)

"É que sempre me disseram o que fazer..."


"Tem um trocado ai?!"






O SALVAVIDAS 
(Jorge Galdino, o bombeiro)


"Eu tinha um emprego, uma namorada, um carro e tudo... tudo era perfeitamente normal, sem suspeitas... Até eu perguntar por que?..."


"Camon baby light my fire..."






BALA DE PRATA
(Nichole Fisher, a tira da pesada)
"Eu vou ter com ela..."


"Eu sou da delegacia da mulher e estou fazendo uma investigação extra-oficial. Você poderia me ajudar?"


"Você é ótima! Nossa... luminosa! Tá de Pa-ra-béns!"






VELOZ
(Eduardo Pizatto, o bandido)


"Te espero na chegada."



"Lembra da história do coelho e da tartaruga? Eu dei a largada e a bandeirada final, bebê..."










More Human than Human

terça-feira, 19 de novembro de 2013

No metrô

Os dois homens de terno caminharam para fora do armário sem pressa, tentando intimidar seu oponente. Uma tentativa desesperada da máquina de reaver seu Anjo com defeito e levá-lo para uma revisão completa. Não era a primeira vez que Adão enfrentava aqueles seres sem rosto, eles eram  mandados sempre que a situação pedia alguma interferência, mas não era possível que um Anjo atendesse o chamado imediatamente.
O padre respirou fundo e jogou o primeiro deles em direção aos trilhos, apenas com o gesto de sua mão, deixando que o trem se encarregasse de fazer o resto do serviço. Olhou para baixo, se certificando de que o mendigo se encontrava em segurança e atacou o segundo oponente a socos e pontapés. 
A luta se estendia, o homem parecia não sentir os golpes, porém desferia impiedosamente golpes que já haviam acertado o peito e rosto de Adão, que evocou sua forma Apocalíptica, sem se atentar a dois vigias que observavam a cena aos pés da escadaria, atônitos ao ver a imagem de um anjo de asas enormes, vestido de uma armadura impecavelmente branca.
Nesta forma, Adão conseguiu derrubar o homem, que permaneceu imóvel até que o pegasse pelo colarinho e o arrastasse até a porta do armário, abrindo-a.
- Diga para ele que não temos medo – disse, segurando o “rosto” do homem bem próximo ao seu. -  Diga para ele que estamos juntos. Diga para ele que desta vez tudo vai ser diferente.

Arremessou o corpo para dentro do armário, fechou-o. Caminhou até o corpo do mendigo no chão, colocou-o nos ombros e caminhou até a escadaria, enquanto se transformava novamente em humano, diante dos olhares perplexos dos vigias, que não diziam uma única palavra.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Deus ex machina


Não existe desastre
Existe o deus Máquina
Não existe fortuna
Existe o deus Máquina
Não existe destino
Existe o deus Máquina
Não existe vontade
Existe o deus Máquina
Não existo
Existe em mim o deus Máquina

Eu já fui um anjo.
Minha primeira lembrança é do deus Máquina: as luzes piscando, o frio de sua presença e a incerteza do destino. Ele me disse o que fazer, me deu as ferramentas para fazê-lo e obedeci sem pensar, este era meu propósito.

Egito, 1500 AC
Ele me acordou no nascer do sol e ordenou que avisasse seu povo que deveriam sacrificar um cordeiro, o mais bonito deles, e que com seu sangue marcassem seus umbrais, para afastar a última praga. Naquela noite todos os primogênitos foram mortos e somente hoje enxergo seu sangue em minhas mãos.

Após completar meu destino, fui colocado em uma caixa e lá aguardei pelos desígnios D’ele. Encarnei novamente e de novo e de novo e mais uma vez. Sempre cumprindo fielmente seu comando. Poucas vezes cruzei com outros como eu, parece que Ele cuidava minuciosamente para que isso não acontecesse. Hoje eu sei o por quê.

Londres,  1897
Como designado, observei-a de longe. Esperei que saísse do café, onde trabalhava todos os dias. Cheguei perto e falei banalidades. Ela estranhou. Sussurrei em seu ouvido o que ela deveria fazer. Assisti-a subir no prédio e se jogar lá de cima. Naquela noite, seu marido, o chefe de polícia, não foi trabalhar e houve uma fuga em massa.

São Paulo, 1979
Já estava naquela encarnação fazia algum tempo. Dormia tranqüilo enquanto os planos se concretizavam. Fui desperto por um telefonema: o alvo deveria ser liberto. Missão arriscada e cheia de detalhes. Mais dois anjos envolvidos para facilitar minha entrada. Um, dois, três guardas derrubados. Ela se encontrava num pau de arara. Libertei-a e a ajudei a fugir entrando na frente dos tiros na perseguição pelas ruas.


O que está em cima deve cair, o que caiu pode elevar-se novamente

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Introducing O Anjo

O ANJO
Samuel Oddson

Sam era um soldado mediano, servia o exército no Arizona e tinha orgulho do que fazia. Seus problemas
 começaram quando encontrou sua cama com resquícios de sangue em uma manhã de inverno. Eram os primeiros siais de suas asas apontando. Aquele calombo era difícil de esconder e custou a Sam muitos banhos escondidos. Tudo tinha um lado bom: sua força era maior, sua resistência e seus reflexos, porém, aquela anomalia com certeza o tiraria do exército, uma vez que não são admitidos "especiais" nas forças armadas. Quando a primeira pena surgiu, ele a arrancou e temeu pelo seu futuro, mas no dia seguinte ela estava lá novamente e no outro e no outro, até que uma pequena e mirrada asa parecia crescer sob a pele. Samuel estava desesperado, já não dormia e não comia quando ela realmente se soltou em um exercício tático. Correu como ninguém, escapou ileso da ira daqueles que apontaram e gargalharam, num misto de medo, nojo e ira. Passou semanas nas savanas, enquanto suas asas acabavam de crescer, aprendeu a voar  e lidar com sua nova força física. Durante suas aulas de voo, ao sobrevoar uma fazenda, viu um rapaz a se arrastar pelo terreno, era um Coringa.  Desceu para ajuda-lo e acabou por passar um verão todo nesta fazenda. O rapaz era Chris e seu pai, viúvo, Durigan. No final do verão, Sam recebeu de Durigan algum dinheiro e se dirigiu para Nova Iorque, para ver o que o bairro Coringa tinha a oferecer.







"Um dólar a foto, cinco um passeio turístico pelo bairro, lá de cima... você nunca vai se esquecer."

Introducing Match

MATCH
Nash Cooper

Nash nasceu em Denver - CO. Vivia uma vida comum, em uma escola comum, até o começo de sua adolescência, quando seu corpo começou a mudar. Diferente dos outros garotos, Nash começou a ficar ruivo e sua pele cada vez mais branca. Aos 16 já era obvio e impossível de esconder: Nash era um coringa, mesmo seus pais sendo completamente normais. Sua pele extremamente branca começou a mostrar veias, não azuis, mas vermelhas, como se lava corresse em suas veias. No começo Nash tinha ataques de calor, depois as pessoas começaram a sentir este calor que exalava de seu corpo. Motivo de piada, Nash tentava ignorar o bullying até que, aos 17, em uma aula de educação física, Nash descontrolou-se e incendiou-se, levantando vôo descontrolado e ateando fogo no ginásio de esportes. Sua vida nunca mais foi a mesma, nem mesmo seu corpo. Convenceu seus pais que a melhor saída era simplesmente deixar a cidade e ir em direção ao Bairro Coringa, do qual ouvira falar através de revistas e jornais. Tímido, inexperiente e bem intencionado Nash, ou Match, está ajudando no Orfanato em troca de abrigo e comida.







"C'mon Baby light my fire"

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Introducing Ossada

Ossada
Mike Angel

Mike Angel, aka OSSADA, foi deixado no orfanato do bairro coringa ainda recém nascido. Suas deformidades afastavam todos, o que o torna uma pessoa pensativa e reservada. Seu primeiro amor, Helena, uma outra adolescente coringa do orfanato, que ostentava asas de plumas vermelhas, morreu no incêndio do orfanato em 1981. Mike tentou salva-la, ferindo-se muito no intento. Quando acordou, além de suas deformidades terem aumentado, ele pode apenas levar flores ao seu túmulo. 
Mike fugiu naquela tarde em direção ao Canadá, onde passou 4 anos trabalhando como derrubador de árvores, até ser acusado injustamente do estupro de uma humana, tendo de fugir às pressas em direção aos Estados Unidos.



"Não somos animais , não somos palhaços de exibição"







"Canada , Ó, Canadá!"