- Me conte exatamente o que você viu, Marcos...
O rapaz assustado estava sentado em uma cadeira, a camisa aberta para facilitar a respiração. Ele suava em bicas, ainda que estivesse frio como mármore.
- Eu já disse o que aconteceu! Você não acredita em mim ou acha que estou louco?!
O médico respirou fundo, estendeu o copo de água, que o rapaz tomou avidamente, e tornou a perguntar, desta vez mais calmamente:
- Marcos, eu acredito que as vezes vemos o que queremos ver, apenas isso. Me diga o que...
O rapaz explodiu:
- Você acha que eu queria ver aquilo? Você acha que eu queria ver um cadáver andando?
- Então foi isso o que você viu... um cadáver andando... Tem certeza de que não foi um vulto ou alguém lhe pregando uma peça?
- Doutor Carlos... eu estava aqui, olhando os relatórios de ontem, por que estão atrasados... então escutei um barulho vindo de uma das gavetas.. sabe um rrr rrr rrrr
- Como um ronronado?
-Não! Claro que não! Como um arranhado! - Ele tomou o resto da água - Eu achei que era só coisa da minha cabeça... já tava voltando a ler quando algo começou a chutar, só que de dentro do gavetão sabe? Eu gritei, mas acho que ninguém escutou. O barulho parou por um tempo... dai... eu fui até a gaveta que tava fazendo barulho: ratos, eu pensei, e a abri. O corpo, doutor, tava de bruços! Como se alguém tivesse virado ele! Eu fui virar ele de volta...mas... mas daí ele levantou e saiu! Eu vi as costas dele cheia de tiros e o sangue coagulado... - Ele fechou os olhos, como que tentando afastar a imagem da cabeça.
- E foi só isso? - perguntou o médico incrédulo.
- Não, doutor. Ele falou que tava frio... e levou o jaleco...
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Barulhos no Refrigerador
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John John
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domingo, 16 de dezembro de 2012
Introducing Angel
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John John
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Introducing Maju
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John John
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Introducing Dona Norma
- A senhora traz mesmo o Sanderson de volta?
- Hoje mesmo eu desfaço, querida. Foi feito um trabalho muito bem feito para separar vocês dois. Até me sensibilizou! Se eu tivesse as minhas pernas boas eu mesma ia no terrero e ia falar umas boas para este pai de santo, viu?
- Mil? - A moça perguntou timidamente, meio que esperando que a velha baixasse o preço.
- Mil, querida. Sabe que é apenas para o material, viu? Uma cabra preta, sem mancha branca nenhuminha e uma branca do mesmo jeito. Só isso saí por ai! O resto vai ser pra pagar o transporte!
A moça tirou uma bolsa velha e começou a contar as notas de dez amassadas. Havia a economia de muito tempo ali, a velha observou.
- Aqui está! Mil... Ele volta mesmo, Dona Norma?
- Satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta, querida! Em três dias ele estará a seus pés!
A moça empurrou as notas contadas pela mesa e Dona Norma contou uma por uma.
- Certinho, minha querida. Agora me dê aqui suas mãos. Isso segura firme as minhas e me olhe bem nos olhos.
A moça o fez.
- Você não quer o Sanderson. Você NUNCA MAIS quer ouvir falar dele. Aliás, você nunca o conheceu! Se chegar a vê lo pensará: "Que idiota, que feio, deve ter o pau pequeno! Mereço coisa muito melhor..." Entendeu?
- Huhum... - respondeu ela com os olhos perdidos.
- Você vai me indicar para suas amigas e falar muito bem de mim... dizendo que eu resolvo qualquer problema! Assim que sair por aquela porta lembrará apenas que foi muito bem atendida e está muito satisfeita...
- Huhum...
- Ótimo, agora pode ir. Quanto ao seu dinheiro economizado, você o doou a uma casa de assistência a velhinhos, entendido?
A moça respondeu um último "HUhum" enquanto se levantava, pegava a bolsa e saia.
- Próximo!!!!!
Hum... seu marido faleceu recentemente, não? Tenho um recado dele pra você...
- Hoje mesmo eu desfaço, querida. Foi feito um trabalho muito bem feito para separar vocês dois. Até me sensibilizou! Se eu tivesse as minhas pernas boas eu mesma ia no terrero e ia falar umas boas para este pai de santo, viu?
- Mil? - A moça perguntou timidamente, meio que esperando que a velha baixasse o preço.
- Mil, querida. Sabe que é apenas para o material, viu? Uma cabra preta, sem mancha branca nenhuminha e uma branca do mesmo jeito. Só isso saí por ai! O resto vai ser pra pagar o transporte!
A moça tirou uma bolsa velha e começou a contar as notas de dez amassadas. Havia a economia de muito tempo ali, a velha observou.
- Aqui está! Mil... Ele volta mesmo, Dona Norma?
- Satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta, querida! Em três dias ele estará a seus pés!
A moça empurrou as notas contadas pela mesa e Dona Norma contou uma por uma.
- Certinho, minha querida. Agora me dê aqui suas mãos. Isso segura firme as minhas e me olhe bem nos olhos.
A moça o fez.
- Você não quer o Sanderson. Você NUNCA MAIS quer ouvir falar dele. Aliás, você nunca o conheceu! Se chegar a vê lo pensará: "Que idiota, que feio, deve ter o pau pequeno! Mereço coisa muito melhor..." Entendeu?
- Huhum... - respondeu ela com os olhos perdidos.
- Você vai me indicar para suas amigas e falar muito bem de mim... dizendo que eu resolvo qualquer problema! Assim que sair por aquela porta lembrará apenas que foi muito bem atendida e está muito satisfeita...
- Huhum...
- Ótimo, agora pode ir. Quanto ao seu dinheiro economizado, você o doou a uma casa de assistência a velhinhos, entendido?
A moça respondeu um último "HUhum" enquanto se levantava, pegava a bolsa e saia.
- Próximo!!!!!
Hum... seu marido faleceu recentemente, não? Tenho um recado dele pra você...
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Enter Sandman
Glória, Revolta, Dor, tempo, tempo, tempo tempo,
tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, quem sou eu? tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, perdão, loucura, tempo, tempo, tempo, estou só, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, não estou só, tempo, tempo, tempo, tempo, ahhhhhhhhhh, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, loucura, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, caos, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, senhor, onde está você? tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, lúcifer, onde está você?, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, ... tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, loucura, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, ódio,tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, o que eu é isso? ar, medo, pressa, alívio, mãos? isso é que é respirar? Risos, risos, risos
tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, quem sou eu? tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, perdão, loucura, tempo, tempo, tempo, estou só, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, não estou só, tempo, tempo, tempo, tempo, ahhhhhhhhhh, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, loucura, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, caos, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, senhor, onde está você? tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, lúcifer, onde está você?, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, ... tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, loucura, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, ódio,tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo, tempo tempo, tempo, tempo, tempo, o que eu é isso? ar, medo, pressa, alívio, mãos? isso é que é respirar? Risos, risos, risos
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Este telefone encontra-se desligado, por favor tente novamente mais tarde...
Ele abriu novamente a porta e estava de volta ao escritório,
iluminado por lanternas chinesas:
- Seja bem vindo, Juanes, o matador. – ela disse sorrindo,
sentada sobre os próprios calcanhares, com sua espada embainhada à frente.
Ele entrou, tirou os óculos escuros e sentou-se como ela:
- Estou sonhando, não estou?
Ela sorriu:
- Sim, Juanes, você está sonhando. Muito perspicaz de sua parte
notar: a grande maioria não é capaz. Me diga, como percebeu?
- Eu não lembro como cheguei até aqui e definitivamente.. te ver
é a última coisa que quero em minha vida.
Ela sorriu novamente:
- Me ver será a primeira coisa que acontecerá em sua morte, Juanes. Mas você já sabe disso...
Ele olhou para os lados:
- O que quer de mim, Zazael? Por que me trouxe até aqui?
- Na verdade eu tentei o celular, mas você parece tê-lo
abandonado.
Ele continuou apenas observando, ela continuou a falar:
- Preciso contratar seus serviços, matador. Preciso saber do seu
preço.
- O preço depende do cliente e do alvo. Algumas pessoas eu
prefiro não ter como clientes. Seu caso, Zazael.
Ela se levantou, pegou a espada e
em um átimo de segundo sacou-a e encostou a lâmina no pescoço dele.
- Poucas pessoas podem ter tanto sangue frio ao me desafiar,
Matador...
Ele continuou impassível. Sabia o
que podia fazer e acima de tudo, o que ela não podia fazer.
- Diga qual o seu preço, matador. Não vejo razões para
animosidades. Passaremos muito tempo juntos, amigo e este relacionamento no
futuro pode ser bom ou ruim, dependendo de suas atitudes. – Ela sentou-se
novamente, na mesma posição.
- Quem são os alvos, Zazael?
- Felipo e Cecília, quem mais?
Ele baixou a cabeça e suspirou,
não queria se meter naquilo.
- Qual seu preço, Matador?
- 30 mil, cada um deles...
Ela sorriu novamente. Aquele
sorriso dava arrepios a Miguel, que ele nunca ousaria admitir.
- Te dou 50 mil por cada um deles. Dobro o valor se você o fizer
ao mesmo tempo, sem deixar nenhum escapar.
- Como saberei que este acordo é válido, se estou sonhando?
- Me toma por o que? Humano? – Ela disse ultrajada. – Mate-os e
terá seu dinheiro. E minhas graças por um bom tempo, que valem muito mais do
que isso, devido a nosso.... hum... relacionamento a longo prazo.
Ele acordou e encarou o teto. A
luz entrava pela cortina, indicando o final de tarde. Ele simplesmente sabia
que não tinha sido um sonho comum e, como se não bastasse, a cicatriz invisível
coçava como o diabo.
Sabia onde encontra-los.
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John John
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
21 gramas - Parte II
O chinês entrou e anunciou:
- A srta Umino o receberá. Por favor, deixe seus pertences aqui. Eles estarão aqui quando retornar.
Se retornar, pensou Miguel, enquanto levantava e tentava retirar os amassados deixados em sua roupa, depois de uma noite no chão da sacristia.
Adentrou uma sala completamente branca, com detalhes vermelhos. Luminárias chinesas pendiam do teto, iluminando o tatame, onde Zazael estava sentada, em posição de lótus.
- Eis que o coelho procura a raposa...
Ele engoliu seco: realmente ela sabia o que ele tinha feito.
- Srta Umino...
Ela o interrompeu:
- Podemos nos chamar pelos nossos nomes verdadeiros, Juanes. Me chame de Zazael.
Ele engoliu seco novamente.
Se encararam durante vários minutos. Foi Zazael quem quebrou o silêncio:
- Sei o que veio fazer aqui, Juanes. A questão é: sua alma não me vale grande coisa. Não sei nem se ela vale a vontade que tenho de separar sua cabeça do pescoço e comer seu coração.
Ele respirou fundo:
- Se não quer, tenho certeza de que Cecília fará bom proveito... ela insistiu muito...
Ela sorriu, mostrando os dentes brancos, perfeitos.
- Você tem bons argumentos, Juanes. Diga qual seu preço!
Ele respirou fundo novamente, tudo saindo como ele pretendia.
- Eu poderia pedir qualquer coisa?
- Se entender realmente o que está fazendo. Sim, qualquer coisa.
Miguel baixou a cabeça.
- Tentador, não? O que um homem realmente quer? Dinheiro? A Mulher amada? Um ente querido de volta à vida? A absolvição de todos os pecados?(risos) Imortalidade? Não posso garantir-lhe a imortalidade, se for o caso, pois, até onde sei, até mesmo Deus morreu aqui na terra. Poderia, por outro lado garantir que você nunca envelhecesse se este fosse seu desejo. Diga, Juanes... o que você realmente quer com tanto afinco que vale sua alma imortal?
Era um beco sem saída.
- Quero matar, apenas com o olhar...
Ela descruzou as pernas, abraçou-as, esticou-as. Miguel ouviu os ossos estalarem.
- Engenhoso. Não preciso dizer que isso não me afetará, pois é parte de nosso acordo, não?
Ele concordou com a cabeça.
- Juanes, em troca de sua alma imortal, lhe concedo o poder de matar apenas com o olhar. Se aceitas, levante-se e aperte minha mão, selando nosso acordo.
Miguel levantou-se a apertou a mão da oriental. Esta se levantou e, delicadamente, soprou cada um dos olhos do matador. Os olhos verdes se tornaram vermelhos.
Ela sorriu, enquanto enxugava o suor da testa com um lenço de seda.
- Cuidado com os espelhos, Juanes...
- A srta Umino o receberá. Por favor, deixe seus pertences aqui. Eles estarão aqui quando retornar.
Se retornar, pensou Miguel, enquanto levantava e tentava retirar os amassados deixados em sua roupa, depois de uma noite no chão da sacristia.
Adentrou uma sala completamente branca, com detalhes vermelhos. Luminárias chinesas pendiam do teto, iluminando o tatame, onde Zazael estava sentada, em posição de lótus.
- Eis que o coelho procura a raposa...
Ele engoliu seco: realmente ela sabia o que ele tinha feito.
- Srta Umino...
Ela o interrompeu:
- Podemos nos chamar pelos nossos nomes verdadeiros, Juanes. Me chame de Zazael.
Ele engoliu seco novamente.
Se encararam durante vários minutos. Foi Zazael quem quebrou o silêncio:
- Sei o que veio fazer aqui, Juanes. A questão é: sua alma não me vale grande coisa. Não sei nem se ela vale a vontade que tenho de separar sua cabeça do pescoço e comer seu coração.
Ele respirou fundo:
- Se não quer, tenho certeza de que Cecília fará bom proveito... ela insistiu muito...
Ela sorriu, mostrando os dentes brancos, perfeitos.
- Você tem bons argumentos, Juanes. Diga qual seu preço!
Ele respirou fundo novamente, tudo saindo como ele pretendia.
- Eu poderia pedir qualquer coisa?
- Se entender realmente o que está fazendo. Sim, qualquer coisa.
Miguel baixou a cabeça.
- Tentador, não? O que um homem realmente quer? Dinheiro? A Mulher amada? Um ente querido de volta à vida? A absolvição de todos os pecados?(risos) Imortalidade? Não posso garantir-lhe a imortalidade, se for o caso, pois, até onde sei, até mesmo Deus morreu aqui na terra. Poderia, por outro lado garantir que você nunca envelhecesse se este fosse seu desejo. Diga, Juanes... o que você realmente quer com tanto afinco que vale sua alma imortal?
Era um beco sem saída.
- Quero matar, apenas com o olhar...
Ela descruzou as pernas, abraçou-as, esticou-as. Miguel ouviu os ossos estalarem.
- Engenhoso. Não preciso dizer que isso não me afetará, pois é parte de nosso acordo, não?
Ele concordou com a cabeça.
- Juanes, em troca de sua alma imortal, lhe concedo o poder de matar apenas com o olhar. Se aceitas, levante-se e aperte minha mão, selando nosso acordo.
Miguel levantou-se a apertou a mão da oriental. Esta se levantou e, delicadamente, soprou cada um dos olhos do matador. Os olhos verdes se tornaram vermelhos.
Ela sorriu, enquanto enxugava o suor da testa com um lenço de seda.
- Cuidado com os espelhos, Juanes...
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John John
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
21 gramas - Parte I
Assim que Cecília, ou seja lá o que for, fechou a porta, ele pôs-se arrumar as coisas. Não era difícil, já deixava as tudo arrumado para este tipo de emergência. Pegou as malas e desceu pelos fundos, pela escada de incêndio.
Sua cabeça estava confusa: não podia ser real. Não podia ser verdade. Estivera cego por tanto tempo? Demônios, almas, inferno, guerra, anjos: palavras que rodavam em sua cabeça, deixando-o zonzo. Ele precisava pensar, ele precisava de um lugar calmo.
Entrou na igreja por uma porta lateral, ajeitou-se na sacristia e acertou o relógio para as 6 da manhã: torceu para que ninguém tentasse acorda-lo antes, afinal, qual lugar seria mais seguro para escapar de um demônio do que uma igreja? Também torceu para quer a primeira missa fosse depois das 7.
Não pregou os olhos. Repassou o diálogo que teve com Cecília um milhão de vezes. Repassou a cena dos tiros no telhado outro milhão. Pensou até mesmo em rezar, mas tinha certeza de que não seria ouvido.
Resolveu pensar racionalmente.
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Introducing Umino
Ela ajoelhou-se e colocou sua espada diante dele.
- A informação é verdadeira? Mais dois? - perguntou uma voz grossa.
Ela acenou afirmativamente com a cabeça e completou:
- Sim, dois velhos conhecidos, Amariel e Kantel. Servi com um deles durante a Queda. Estabeleceram-se no prédio desde que chegaram.
- Eles não devem permanecer lá. Você sabe. Eu deixei o local sob sua supervisão.
- Sim, senhor. Eu estaria vivendo lá, observando de perto, mas as minhas obrigações para com O Cavalo...
Ele interrompeu:
- Sim, suas obrigações para com seu corpo são mais que necessárias. Apenas certifique-se de que eles não permaneçam lá. Não preciso ressaltar a relevância do local, preciso?
- Não, senhor. O local está muito bem guardado e vigiado. Eu mesmo vou ao local frequentemente.
- Eu senti um milagre sendo feito uns dias atrás. Foi você?
Ela chacoalhou a cabeça freneticamente:
- Não senhor, foi um deles. Eles aparentemente...
A sombra riu, interrompendo:
- Não sabem absolutamente NADA do que estão fazendo, não?
Ela não tinha tanta certeza, porém sorriu em resposta, dando a reunião como terminada. Recolheu sua espada e afastou-se, andando para trás, sem ficar de costas para a sombra, em momento algum.
- A informação é verdadeira? Mais dois? - perguntou uma voz grossa.
Ela acenou afirmativamente com a cabeça e completou:
- Sim, dois velhos conhecidos, Amariel e Kantel. Servi com um deles durante a Queda. Estabeleceram-se no prédio desde que chegaram.
- Eles não devem permanecer lá. Você sabe. Eu deixei o local sob sua supervisão.
- Sim, senhor. Eu estaria vivendo lá, observando de perto, mas as minhas obrigações para com O Cavalo...
Ele interrompeu:
- Sim, suas obrigações para com seu corpo são mais que necessárias. Apenas certifique-se de que eles não permaneçam lá. Não preciso ressaltar a relevância do local, preciso?
- Não, senhor. O local está muito bem guardado e vigiado. Eu mesmo vou ao local frequentemente.
- Eu senti um milagre sendo feito uns dias atrás. Foi você?
Ela chacoalhou a cabeça freneticamente:
- Não senhor, foi um deles. Eles aparentemente...
A sombra riu, interrompendo:
- Não sabem absolutamente NADA do que estão fazendo, não?
Ela não tinha tanta certeza, porém sorriu em resposta, dando a reunião como terminada. Recolheu sua espada e afastou-se, andando para trás, sem ficar de costas para a sombra, em momento algum.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012
3 dias depois
Três dias depois...
Acendeu o cigarro e abriu o vidro da janela, para fazer o ar
circular. Atentou um pouco para as
luzes dos prédios, mas sua atenção foi chamada rapidamente para alguns metros abaixo, do outro lado da
rua.
- Sheila, vem aqui!
A amiga, que saia do banho enrolada no roupão, foi até a
janela, enquanto enrolava uma toalha nos cabelos.
- Ali, ele está ali de novo.
- É o mesmo moleque de ontem, Pink?
- Como vou saber? Ta tão escuro! Não é estranho ele ficar
olhando pro prédio ali? Parado!
- Normal não é! Ontem ele estava ali na hora em que chegamos
e quando fomos dormir, ele ainda estava, não?
- Não reparei. Será que ele ta planejando roubar algum
apartamento e ta olhando a rotina?
Sheila olhou novamente para fora, teve a nítida impressão de
que o moleque também a observava, embora estivesse escuro e longe demais para
saber. Sentiu um arrepio.
- Feche a janela, Pink. Está frio. – disse, enquanto ela
mesma fechava janela e apertava ainda mais o cinto do roupão. Lá embaixo, o
moleque voltou sua atenção para a janela de baixo, enquanto alguém o fitava do
parapeito.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Choose your player
Os jogadores devem escolher entre os corpos abaixo para ocupar
Aqui vão algumas dicas:
- Há entre eles duas pessoas que parecem algo, mas não são.
- Há entre eles um serial killer.
- Há uma pessoa MUITO má. (e não é o serial killer)
- Há uma pessoa boa.
- Há duas pessoas que querem se matar.
O prédio não pode ser escolhido ¬¬
Aqui vão algumas dicas:
- Há entre eles duas pessoas que parecem algo, mas não são.
- Há entre eles um serial killer.
- Há uma pessoa MUITO má. (e não é o serial killer)
- Há uma pessoa boa.
- Há duas pessoas que querem se matar.
Miguel |
Natan |
Cecília |
Felipo |
Caio |
Sheila |
Crispim |
O lar |
O prédio não pode ser escolhido ¬¬
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Alguns novos esqueletos no armário
-
Eles tentarão novamente, Dexter! E desta vez eles conseguirão!
Ele bebia whisky puro enquanto
olhava pela vidraça estraçalhada em direção ao Salgueiro.
-
Não podemos simplesmente pegá-la e ir embora?
Dexter não respondeu novamente,
sabia que ele sabia a resposta. Não se daria ao trabalho de explicar
pormenores.
-
Não, não podemos, apenas Lincoln pode pegar sem ser
interpretado como um intruso, não? Seríamos esmagados pelo salgueiro.... sim
seríamos...
O parente continuava em
devaneios, não podia culpá-lo: perderam 3 na noite passada e não sabiam o que
esperar desta. Não sabiam quantos viriam. O melhor é que saíssem dali enquanto
ainda podiam, mas quais seriam as conseqüências? Deixaram-se levar por uma
tradição que pouco conheciam a respeito, pactuavam com algo que desconheciam e
agora estavam de mãos atadas, tentando defender o tesouro do dragão do próprio
dragão e dos cavaleiros que tentavam roubá-lo.
-
Nós precisamos nos livrar dos corpos, precisamos chamar nossa
equipe de limpeza...
-
Não seja estúpido - por fim falou – Anime os cadáveres, ninguém precisa saber que eles
estão mortos.
-
Mas e os empregados da casa? Ainda estão desacordados, mas
quando acordarem tornarão impraticável...
Ele jogou o copo na parede,
esbravejando:
-
Mate-os. Eles serão mais úteis como zumbis do que soltos por
ai atraindo paradoxo! Agora pare de choramingar, Bartholomeu! Isso é culpa do
seu filho! Só pode ser dele!
O outro sentiu-se ofendido:
-
Você não pode ter certeza disso! Há os outros...
-
Eles não tiveram tempo de fazer alianças e estreitar laços,
seu ignóbil. Eles sumiram por 3 anos! Esta serpentezinha sim teve todo este
tempo!
-
A questão é, por que esta serpentezinha resolveu se rebelar
agora, Bart? – disse Abraham enquanto entrava na sala – O que ele andou
escutando? Como ele sabe que estamos tão desprotegidos?
Dexter agachou-se, pegou no chão
um candelabro de prata caído, pôs sob a mobília cheia de poeira e pedaços de
reboco. Acendeu-o enquanto assoprava o pavio, como que para apagá-lo:
- A questão é o quanto esta serpentezinha está envolvida
com os 20 Blackwoods que foram mortos nos últimos dois anos... Ah... eu aposto
que até o pescoço... Sim, ele está até o pescoço...
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John John
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Desespero
Tentou esconder o nervosismo quando atravessou a entrada
principal. Ali ainda não era o ponto.
Olhou várias vezes para os lados e para trás para ver se não
estava sendo seguida. Conseguira escapar por muito pouco, sabia que eles tinham
sido capturados. Se sentia sozinha, em um país estranho, no qual não dominava a
língua. Há muito não se sentia assim, os primos supriam toda a carência que
tinha, eles eram sua única família agora que fora abandonada até mesmo pelos
seus pais.
E se algo acontecer a eles? E se todos morrerem? O que será
de mim?
Avistou a câmera perto da alfândega, parou em um lugar onde
sabia que seria vista, conteve as lágrimas: uma Blackwood não chora.
Olhou diretamente para a câmera, enquanto sussurrava
baixinho:
Alguém... por favor... alguém veja... alguém me ajude...
Preciso de ajuda... rápido...
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John John
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12:29
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
As relíquias
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John John
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Deu no jornal
Trecho extraído da "Folha de Quixadá"
Onde está Tom Baxter?
Da reportagem local:
A polícia local ainda investiga o desaparecimento do famoso
apresentador americano do History Chanell,Tom Baxter, em nossa cidade.
O apresentador estava hospedado há duas semanas no “Chalé de
Pedra”, segundo ele esperando que sua equipe de reportagem chegasse para as
gravações. Tonny, como era chamado pelos funcionários, era muito amistoso, mal
falava português e aproveitou os dias em que esteve hospedado para conhecer a
região, fazendo rapel na Cachoeira da Estrela, mergulhando na Lagoa dos
Monolitos e escalando a Pedra do Cruzeiro, pontos turísticos de nossa amada
cidade, na companhia do guia Armando Nogueira, o Içá.
Tom foi visto pela última vez na Choperia do Cedro, em
companhia de um casal de estrangeiros desconhecidos, sua bagagem e carro ainda
se encontram no hotel, fato que indica que não deixou a cidade. O delegado responsável pela investigação agradece qualquer informação que os cidadãos possam oferecer quanto ao desaparecimento do norte-americano.
Sua equipe de gravação ainda não deu as caras na cidade, o
que nos leva a pergunta:
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terça-feira, 14 de agosto de 2012
Happy Halloween
Mal tivera tempo de se tocar que era levado de volta a Blackwood. O pai simplesmente aparecera em seu quarto, horas antes, o abraçara e dissera:
- Você tem obrigações a cumprir. Nenhum deles tem condições de faze-lo no momento. Sei que você não vai me decepcionar...
Ele só pode balançar a cabeça e concordar. Não tinha forças para dizer não, não tinha forças para pensar em uma saída alternativa, não podia contar com os primos que perderam o rumo após o incidente na fazenda. Tinha de fazer o certo, tinha de fazer isso por eles todos: Bart, Peter, Sarah, Lisa, John e seu pai, Dexter. Não podia decepcionar... queria que seu pai ficasse orgulhoso novamente...
Neste momento subia a colina ao lado do pai, um nevoeiro denso e frio prometia que o o inverno estava para chegar com toda força. Avistou tio Abraham na companhia de mais três pessoas, dentre elas Jebediah Blackwood e aos pés destes, uma mulher nua, remexendo-se com um saco preto tapando-lhe a cabeça.
matemateJebediahBlackwood Todos cumprimentaram-se com apertos de mãos leves e desinteressados. Cumpriam o protocolo, queriam ter certeza de que matemateJebediahBlackwood os garotos fariam suas obrigações, deixando toda a corja familiar segura por mais um ano.
Um dos presentes levantou a mulher pelo braço, ela chorava matemateJebediahBlackwood e rancou-lhe o capuz. Philipe já conhecia aquele rosto. matemateJebediahBlackwood
- É a esposa do diretor...
O pai olhou-o com cara de quem constatara o obvio que não precisava ser dito. Jebediah matemateJebediahBlackwood pegou a corda e atou ao seu pescoço, passando-a por um galho e entregando a outra ponta ao garoto:
- Quando quiser... - disse matemateJebediahBlackwood ele
Teve de usar toda sua força e peso para iça-la. Permaneceu agarrado à corda enquanto ela se debatia.
Queria ter forças para chorar, queria ter forças para soltar a corda e por um fim a toda aquela história. Ficou o tempo todo de olhos fechados enquanto sentia os tremores e ouvia o barulho de terra rachando e o estalar das fagulhas, assim como os urros horrendos vindos de lugares inimagináveis. A corda despencou e ele foi ao chão, o corpo desaparecera do outro lado. Escutou os espectadores dizerem: Amém
Enrolou-se em si mesmo no chão e segurou as lágrimas que queriam sair, não por remorso, mas por vergonha... perdeu noção do tempo...
- Quanto tempo será que ele demora para aparecer? - perguntou um deles.
- Seja quanto for, estaremos esperando... seja lá quantos vierem.
O garoto levantou-se o pai deu-lhe três tapinhas nas costas:
- Você se saiu muito bem. Sabia que não me decepcionaria...
matemateJebediahBlackwood Ele olhou em direção aos outros, que já se distanciavam da árvore em direção a casa e uma matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood única frase não lhe saia da cabeça.
- Você tem obrigações a cumprir. Nenhum deles tem condições de faze-lo no momento. Sei que você não vai me decepcionar...
Ele só pode balançar a cabeça e concordar. Não tinha forças para dizer não, não tinha forças para pensar em uma saída alternativa, não podia contar com os primos que perderam o rumo após o incidente na fazenda. Tinha de fazer o certo, tinha de fazer isso por eles todos: Bart, Peter, Sarah, Lisa, John e seu pai, Dexter. Não podia decepcionar... queria que seu pai ficasse orgulhoso novamente...
Neste momento subia a colina ao lado do pai, um nevoeiro denso e frio prometia que o o inverno estava para chegar com toda força. Avistou tio Abraham na companhia de mais três pessoas, dentre elas Jebediah Blackwood e aos pés destes, uma mulher nua, remexendo-se com um saco preto tapando-lhe a cabeça.
matemateJebediahBlackwood Todos cumprimentaram-se com apertos de mãos leves e desinteressados. Cumpriam o protocolo, queriam ter certeza de que matemateJebediahBlackwood os garotos fariam suas obrigações, deixando toda a corja familiar segura por mais um ano.
Um dos presentes levantou a mulher pelo braço, ela chorava matemateJebediahBlackwood e rancou-lhe o capuz. Philipe já conhecia aquele rosto. matemateJebediahBlackwood
- É a esposa do diretor...
O pai olhou-o com cara de quem constatara o obvio que não precisava ser dito. Jebediah matemateJebediahBlackwood pegou a corda e atou ao seu pescoço, passando-a por um galho e entregando a outra ponta ao garoto:
- Quando quiser... - disse matemateJebediahBlackwood ele
Teve de usar toda sua força e peso para iça-la. Permaneceu agarrado à corda enquanto ela se debatia.
Queria ter forças para chorar, queria ter forças para soltar a corda e por um fim a toda aquela história. Ficou o tempo todo de olhos fechados enquanto sentia os tremores e ouvia o barulho de terra rachando e o estalar das fagulhas, assim como os urros horrendos vindos de lugares inimagináveis. A corda despencou e ele foi ao chão, o corpo desaparecera do outro lado. Escutou os espectadores dizerem: Amém
Enrolou-se em si mesmo no chão e segurou as lágrimas que queriam sair, não por remorso, mas por vergonha... perdeu noção do tempo...
- Quanto tempo será que ele demora para aparecer? - perguntou um deles.
- Seja quanto for, estaremos esperando... seja lá quantos vierem.
O garoto levantou-se o pai deu-lhe três tapinhas nas costas:
- Você se saiu muito bem. Sabia que não me decepcionaria...
matemateJebediahBlackwood Ele olhou em direção aos outros, que já se distanciavam da árvore em direção a casa e uma matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood matemateJebediahBlackwood única frase não lhe saia da cabeça.
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Planejamento familiar...
- Qual a ocasião, me esqueci de alguma data? – perguntou Abraham quando foi chamado até a sacada e pode observar a mesa ricamente posta e organizada, ao fundo a torre Eiffell lançava luzes azuis sobre os talheres banhados a ouro. Ela vestia um vestido longo em tons de rosa e parecia excitada.
- Champagne?
- Sim, claro.
Ela o serviu com a garrafa que estava pousada no balde de gelo.
- Tenho boas notícias!
Ele a observou e sorriu:
- Pois diga, já estou ansioso, meu amor. Você conseguiu fechar a compra do iate no...
- Eu estou grávida. É um menino! – e sorriu.
Ele entornou a taça de champagne, suspirou e olhou para o horizonte.
- Prefere a clínica em Amsterdã ou o fará em alto-mar novamente?
O sorriso dela desmanchou-se por completo, o mundo lhe parecia congelado naquele momento.
- Mas eu pensei que agora que os garotos tinham feito a oferta... Eu pensei que estávamos livres para... Eu pensei que...
Ele se dirigiu até o balde de gelo e serviu-se novamente:
- Não podemos nos arriscar. Não podemos ter certeza como o Salgueiro entenderia este adendo ao contrato.
- Mas os cinco, digo, seis, já fizeram a oferta, o grupo está fechado... Nós podemos continu...
- Para início de conversa, eles não deveriam ser seis. Nem ao menos sei como O salgueiro aceitou a oferta nestas condições. Não podemos nos arriscar.
Ela sentou-se e começou a chorar, borrando toda a maquiagem. Ele caminhou e acariciou-lhe os cabelos:
- Querida, você não pode entender como isso funciona. Você é humana, não uma de nós. Pense em alguma outra coisa, planeje uma viagem. Ainda quer reformar o castelo em Borgonha, não?
Ela não respondeu, limitou-se apenas a soluçar e limpar a maquiagem borrada com o guardanapo bordado em fios de ouro. Ele beijou-lhe o topo da cabeça e retirou-se: ela precisa de tempo para livrar-se destas expectativas tolas, já deveria estar acostumada, pensou. No fim daquela noite, enquanto Abraham dormia, ela caminhou até a sacada. Usava apenas uma camisola branca, transparente, que ondulava ao vento de Paris enquanto andava na ponta dos pés. Subiu no parapeito... Despiu-se e jogou a vestimenta ao vento... A camisola rodopiou e distanciou-se algumas dezenas de metros, quando finalmente iniciou sua leve descida em direção ao chão. Ela acariciava sua barriga e chorava.
- Não serei culpada... Não serei mais culpada... Me desculpe...
Ela atingiu o calçada ao mesmo tempo que a seda que jogara.
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John John
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domingo, 5 de agosto de 2012
Sangue e Antagonistas
O sangue
Paul Blackwood |
"Você não se atreveria..." - Paul Blackwood
Cersey Blackwood |
"Há coisas mais desagradáveis do que você possa imaginar. Deixe-me dar uma amostra." - Cersey Blackwood
Dexter Blackwood pai de Philipe |
"Perdão, você disse que eu não posso o quê?" - Dexter Blackwood
Jebediah Blackwood |
"Fincamos nossas raízes neste solo. Mataremos tantos índios quanto forem necessários...e daí que eles estavam aqui antes?" - Jebediah Blackwood
Tom Baxter pai de John Blackwood |
"As tribos desta região são totalmente amigáveis... OH WAIT..." - Tom Baxter
Emanuelle Blackwood mãe de John |
"Seguranças, tragam meu filho, aparentemente ele se esqueceu como andar." - Emanuelle Blackwood
Abraham Blackwood e Natalie pais de Sarah |
"Eu farei qualquer coisa para que ela não saia prejudicada." - Abraham Blackwood
Bartholomeu Blackwood pai de Lisa e Bart |
"F* YOU, Dexter!" - Bartholomeu Blackwood
Os Antagonistas
Charles, o professor de educação física |
Anita, a dona do antiquário |
O diretor Simpson |
Jeremy Selstrom sobrinho do professor de E.F. |
Gael Garcia "Amigo" de Paul Blackwood |
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John John
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Fazenda Blackwood
Apresentando os PC's ' NPc's de minha nova (ok, já não tão nova, pois já estamos jogando faz uns dois meses) campanha de RPG: FAZENDA BLACKWOOD
Blackwood é talvez a mais rica e influente família dos Estados Unidos. Vindos da Inglaterra, na colonização, estabeleceram-se em Nebraska, na pequena cidade de Northplate, onde, até hoje, mantém uma residência para a qual mandam seus primogênitos durante a adolescência.
Sangue tão nobre não poderia deixar de esconder intrigas, morte, dinheiro e poder. Cenário este no qual são jogados Philipe, Sarah, John, Lisa, Bart e Peter, jovens multibilionários que poderiam estar em QUALQUER lugar do mundo, porém são confinados à antiga propriedade de mais de 300 anos, retirados dos lugares mais diferentes para aprender sobre a história da família.
O que eles descobrem? Que segredos são guardados naquele lugar? Por que eles não podem sair? O que é o salgueiro centenário nos fundos da casa, que está estampado no brasão da família?Por que sonham todas as noites com um corpo enforcado nele?
"Nós somos Blackwood, eles tem que nos agradecer por ensinarmos eles a fazer do jeito que queremos!" - Philipe Blackwood
Blackwood é talvez a mais rica e influente família dos Estados Unidos. Vindos da Inglaterra, na colonização, estabeleceram-se em Nebraska, na pequena cidade de Northplate, onde, até hoje, mantém uma residência para a qual mandam seus primogênitos durante a adolescência.
Sangue tão nobre não poderia deixar de esconder intrigas, morte, dinheiro e poder. Cenário este no qual são jogados Philipe, Sarah, John, Lisa, Bart e Peter, jovens multibilionários que poderiam estar em QUALQUER lugar do mundo, porém são confinados à antiga propriedade de mais de 300 anos, retirados dos lugares mais diferentes para aprender sobre a história da família.
O que eles descobrem? Que segredos são guardados naquele lugar? Por que eles não podem sair? O que é o salgueiro centenário nos fundos da casa, que está estampado no brasão da família?Por que sonham todas as noites com um corpo enforcado nele?
Philipe Blackwood |
Sarah Blackwood |
"Alguém viu meus óculos?" - Sarah Blackwood
John Blackwood |
"Eu vi algo parecido com isso, num mercado em Bangladesh... ou seria no Porto do Cairo? Amazônia, definitivamente foi Amazônia, numa tribo de Guaranís!" - John Blackwood
Peter Blackwood |
"YO! Este exponencial está errado, brow!" - Peter Blackwood
Lisa Blackwood |
"Meu nome é Lisa Redwine. O prazer é todo seu, babaca!" - Lisa Blackwood
Bart Blackwood |
"Eu vejo gente morta.... o tempo todo..." - Bart Blackwood
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John John
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