Bem, como todos sabem comprei uma moto: uma YAMAHA FAZER 250cc. Motão, do jeito que eu estava procurando há muito tempo. Além das desventuras para conseguir passar o consórcio do antigo proprietário para o meu nome (mas nada que umas ligações e algumas frases bem colocadas não resolvam em 30 minutos o que a concessionária daqui não resolveu em quase 30 dias) enfrentei, acredito que pela primeira vez, o VERDADEIRO SERVIDOR PUBLICO.
Sempre me deparei com paródias e críticas na tv demonstrando a burocracia, lentidão e falta de humanidade do nosso tão famoso servidor público. Eu nunca tinha tido o azar de cruzar com um dos exemplares. Eu mesmo já atuei como servidor público por dois anos, no próprio gabinete do prefeito e tenho toda a certeza de ter tratado TODAS as pessoas com total decência e boa vontade.
Bem, cheguei pela manhã, nenhum cliente (?) a ser atendido além de mim. Eis que se desenvolve o diálogo entre eu e uma simpática atendente do CIRETRAN:
- Bom dia, preciso fazer a transferência de veículo. Queria saber quais os documentos necessários.
A moça indicou, com ar de "novamente" um canto, fora da sala, onde estavam afixados diversos panfletos, completando "A lista de documentos está ali."
Agradeci e sai do estabelecimento, procurei entre diversos avisos, o que eu pensava ser a lista necessária de documentos para o meu caso, eram várias e depois de muito procurar elegi uma como correta.
Entre eu e uma segunda atendente (eram apenas 2 ou no máximo 3 metros) havia uma grande janela, tão espaçosa quanto o balcão, então permiti-me perguntar:
- Por favor, pode me dizer onde eu pago esta guia?
Esta outra, ainda mais simpaticamente me olhou dos pés à cabeça e disse:
- Nós não respondemos perguntas pela janela. - E apontou um OUTRO grande cartaz na parede, onde eu, paspalho desavisado que sou, não tinha lido: NÃO RESPONDEMOS PERGUNTAS PELA JANELA. Fiquei um tempo olhando para ela, achando que era brincadeira, pois eu precisava sair de onde estava, entrar pela porta e me dirigir a mesma atendente, a cerca de um metro de onde eu estava, no balcão, dando uma volta de alguns metros para tal. Para minha ingenuidade: não, não era brincadeira. A atendente não estava brincando.
Veja que o problema não era a volta, ou os metros que eu andaria, mas sim a incapacidade de boa educação da pessoa que me atendia. Entendo a necessidade de "não se atender pessoas pela janela quando há outras no balcão", mas eu era o único naquele estabelecimento fora as duas funcionárias.
Uma vez verificado que ela não estava de brincadeira, dei a volta e me dirigi ao balcão a fim de perguntar a mesma funcionária e ser então respondido com um: "Qualquer banco ou casa lotérica."
Uma infinidade de taxas, cópias e procedimentos depois (burocracias, este meu país me mata de vergonha, mas não é o objetivo deste tópico) voltei a mesma CIRETRAN.
Cheguei ao balcão cheio de papéis, guias e recolhimentos, as mesmas duas funcionárias lá se encontravam. Uma estava conversando avidamente com um amigo, no balcão e quando me viu, pediu que ele entrasse para que eles tomassem um café.
A outra atendente, ao que parece uma aprendiz da que saiu, veio me atender. Pedi então educadamente:
- Você poderia ver se eu não esqueci nenhuma das cópias necessárias?
Ela, como se falasse a coisa MAIS NATURAL DO MUNDO:
- Não CONFERIMOS A DOCUMENTAÇÃO.
Eu fiquei outros momentos pasmo olhando para a funcionária.
- Desculpe, acho que não entendi direito. Vocês não conferem a documentação?
Ela soltou-me um monossilábico não e ficou a me fitar. Perguntei, depois de alguns segundos, pois meu cérebro tentava REALMENTE entender o que se passava:
- Então tudo o que vocês fazem é apontar para os cartazes de documentação, depois pega-la, enfiar numa pastinha. E SÓ? Se tiver alguma coisa errada meu pedido vai ser negado por que vocês NÃO CONFEREM DOCUMENTAÇÃO?
Ela respondeu-me com um monossilábico sim.
Conferi o que eu achava estar correto, enfiei na pasta, depois de eu mesmo escrever meu nome na identificação da pasta, pois, ao que parece, o serviço de catalogação dos usuários também é de obrigação do contribuinte. Agradeci e me fui, pensando que valeria ter contratado um despachante APENAS para juntar os documentos, função que poderia ser exterminada do planeta, já que é uma sequência de burocracias e cópias bobas que qualquer um pode fazer. Muito embora as funcionárias do departamento responsável não sejam capazes de responder ao público e suas questões.
Na própria xerocadora, onde fui tirar as cópias da documentação antes da minha segunda visita ao estabelecimento, a própria atendente me advertiu a respeito da simpatia das "meninas da CIRETRAN". Não achava que podia ficar pior. E não estava eu errado?
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Crônicas do funcionalismo público
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John John
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Dead or Alive?
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sábado, 10 de dezembro de 2011
Tanatos
Ele abriu os olhos com dificuldade e sorriu.
- Sabia que você viria.
Ela tenta sorrir em vão, uma lágrima escorre pelo seu rosto.
- Não poderia deixar você aqui.
- Há uma guerra, meu girassol. Há uma guerra acontecendo neste exato momento.
Ela passa a mão pelo seu rosto marcado pelas rugas, tirou um lenço da bolsa e limpou o canto da boca do homem deitado.
- Gostaria de entender os motivos desta guerra, Charles. Gostaria mesmo. Tudo sempre não acabará do mesmo jeito? Tudo não acabará conosco nascendo de novo, e de novo, e de novo?
Ele sorriu.
- Eu ouvi eles dizerem, meu girassol, eu ouvi eles dizerem...
Sua frase foi interrompida por uma série de tossidas profundas. Ela se preocupou, amparou sua cabeça que pendia para o lado, de tanto esforço. Minutos depois ele pareceu se recuperar.
- É tudo por poder, Charles. Tudo por poder.
- Não, meu girassol. Eles disseram que quando tiverem reunido poder o suficiente, um ou todos eles poderão mudar o rumo de todos...
Mais uma seqüência de tossidas, a fronha do travesseiro foi manchada de vermelho.
- Isso não passa de besteira, Charles. Deixe-me curá-lo.
Ele levanta a mão e acaricia seu rosto.
- Não, meu girassol. Esta carcaça já esta velha demais. Não poderei ser útil nos tempos que estão por vir. Consigo sentir em meus ossos o som dos cascos marchando. Nossa esperança....
Mais uma seqüência de tossidas e mais sangue foi expelido.
O celular dela tocou, ela o atendeu e com respostas monossilábicas livrou-se do interlocutor.
- Ele é um bom garoto, Charles. Você escolheu bem seu protegido, embora ele tenha feito péssimas escolhas no passado.
- Não podemos culpar pelos erros distantes no tempo. Daí só crescerá o ódio... o coração de nossa espécie é capaz de guardar muito ódio, você sabe...
- E também muito amor...
Ele sorriu... ela pode ver sangue em seus dentes. Segurou o choro novamente.
- Ele deveria estar fazendo isso, Charles, não eu. Ele é indefeso e eu já sei como me defender.
- Por isso mesmo tem que ser você, meu girassol. Não quero que isso caia nas mãos de John tão facilmente. Meu pupilo ainda não está preparado... você poderá guardar o segredo melhor do que ele...
Um período de silêncio seguiu-se, juntamente com mais uma saraivada de tossidas.
- Vamos, meu girassol... eu não terei outros verões...
Ela acariciou seus cabelos grisalhos.
- Eu te amo, Charles... Adeus... mais uma vez...
Ela se inclinava em sua direção, pronta para dar-lhe o beijo definitivo, quando ele sussurrou.
- Até logo, girassol... É só um até logo.
- Sabia que você viria.
Ela tenta sorrir em vão, uma lágrima escorre pelo seu rosto.
- Não poderia deixar você aqui.
- Há uma guerra, meu girassol. Há uma guerra acontecendo neste exato momento.
Ela passa a mão pelo seu rosto marcado pelas rugas, tirou um lenço da bolsa e limpou o canto da boca do homem deitado.
- Gostaria de entender os motivos desta guerra, Charles. Gostaria mesmo. Tudo sempre não acabará do mesmo jeito? Tudo não acabará conosco nascendo de novo, e de novo, e de novo?
Ele sorriu.
- Eu ouvi eles dizerem, meu girassol, eu ouvi eles dizerem...
Sua frase foi interrompida por uma série de tossidas profundas. Ela se preocupou, amparou sua cabeça que pendia para o lado, de tanto esforço. Minutos depois ele pareceu se recuperar.
- É tudo por poder, Charles. Tudo por poder.
- Não, meu girassol. Eles disseram que quando tiverem reunido poder o suficiente, um ou todos eles poderão mudar o rumo de todos...
Mais uma seqüência de tossidas, a fronha do travesseiro foi manchada de vermelho.
- Isso não passa de besteira, Charles. Deixe-me curá-lo.
Ele levanta a mão e acaricia seu rosto.
- Não, meu girassol. Esta carcaça já esta velha demais. Não poderei ser útil nos tempos que estão por vir. Consigo sentir em meus ossos o som dos cascos marchando. Nossa esperança....
Mais uma seqüência de tossidas e mais sangue foi expelido.
O celular dela tocou, ela o atendeu e com respostas monossilábicas livrou-se do interlocutor.
- Ele é um bom garoto, Charles. Você escolheu bem seu protegido, embora ele tenha feito péssimas escolhas no passado.
- Não podemos culpar pelos erros distantes no tempo. Daí só crescerá o ódio... o coração de nossa espécie é capaz de guardar muito ódio, você sabe...
- E também muito amor...
Ele sorriu... ela pode ver sangue em seus dentes. Segurou o choro novamente.
- Ele deveria estar fazendo isso, Charles, não eu. Ele é indefeso e eu já sei como me defender.
- Por isso mesmo tem que ser você, meu girassol. Não quero que isso caia nas mãos de John tão facilmente. Meu pupilo ainda não está preparado... você poderá guardar o segredo melhor do que ele...
Um período de silêncio seguiu-se, juntamente com mais uma saraivada de tossidas.
- Vamos, meu girassol... eu não terei outros verões...
Ela acariciou seus cabelos grisalhos.
- Eu te amo, Charles... Adeus... mais uma vez...
Ela se inclinava em sua direção, pronta para dar-lhe o beijo definitivo, quando ele sussurrou.
- Até logo, girassol... É só um até logo.
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Os caminhos
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Filhos dos Homens
Os NPC's e Antagonistas
Timothy Hunter, 22
"O Hipster" ou "O cara do guarda-chuva"
Timothy é viciado em café. |
T.H. nasceu em St Paul, Minneapolis. Deslocado e tímido desde criança refugiou-se em seus desenhos para escapar do bullying dos valentões da escola. Desenha para a D.C comics desde o começo da adolescência, dinheiro com o qual sustenta sua casa desde os 16.
Timothy não sai de casa sem seu guarda-chuva. |
"E se eu dissesse que sei um jeito de fazer com que fiquemos juntos para sempre?"
Monsenhor David, 76
David usa sempre uma bengala para se locomover. |
"O monsenhor"
David Tewel era judeu, nascido na Alemanha Nazista. Passou parte da infância em Auschwitz mas foi libertado pelos aliados em 45. Orfão de pai e mãe, foi levado para a América por um tio que o deixou no seminário de St Sarah para dedicar-se ao sacerdócio. Atualmente ele é responsável pelo seminário de St Joane of Arc em Nova York.
David usa um anel com um oroboros no dedo. |
"Encontrei um deles. Venham."
Oliver Divanci, 12
"O garoto" ou "O trombadinha"
Oliver roubou um instrumento mágico valiosíssimo. |
O.D. é descendente de italianos pobres. Sua mãe traiu seu pai e foi posta para fora, junto com o filho. Passaram a morar com outros indigentes nas ruas de Nova York. Oliver sobrevive de pequenos roubos. Embora permaneça junto com sua mãe e o grupo por segurança, não apóia o vício do crack materno. Ultimamente tem aplicado golpes com Lauren Shaw.
"Vamos fugir... Vem, eu conheço um atalho!"
Padre Charles Anderson, 65
"O padre"
Padre Charles tem câncer no cérebro. |
C.A. nasceu em Los Angeles - California, filho de família religiosa católica que prometeu o terceiro filho como padre desde o nascimento. C.A. terminou os estudos no seminário e optou por não se ordenar de imediato, logo após o término da faculdade de teologia. C.A. dedicou-se por 3 anos ao boxe, sua verdadeira paixão, chegando a vencer diversos campeonatos nacionais. Quando chegou ao topo, como peso leve, desistiu da carreira e voltou ao sacerdócio. Adotou como enteado Nicholas desde criança. Era o responsável pelo seminário St Joane of Arc até ser acometido por um câncer no cérebro inoperável.
"Eles não me farão mal algum."
Richard Novel, 28
"O playboy"
Richard negou-se a trabalhar como modelo na adolescência. |
R.N. é o herdeiro do império multinacional do pai. Trabalha em sua empresa desde que completou o MBA em Harward. É famoso por seus carros caros, pelas mulheres deslumbrantes e por ser degustador das mais caras vodcas do mundo. Atualmente está apaixonado por Loren.
"Tudo tem seu preço, diga o seu."
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Os filhos dos Homens
Nicholas Yorker, 21 anos
"O noviço"
O noviço Nicholas Yorker foi abandonado diante da porta de um orfanato quando ainda um bebê. Era rebelde e indisciplinado, até conhecer o Padre Charles, ex-pugilista, que tratou-o como filho e ensinou-o a defender-se e a ter disciplina.
"Eu não fui capaz de matar aquela criança. Ela era apenas... uma criança."
"Você não é capaz de entender todo o mal que aquela criança já causou. Escreva o que te digo: você deixou viver a pessoa que será responsável pela sua morte."
Simon Daniels, 20 anos
"O noviço"
O noviço Nicholas Yorker foi abandonado diante da porta de um orfanato quando ainda um bebê. Era rebelde e indisciplinado, até conhecer o Padre Charles, ex-pugilista, que tratou-o como filho e ensinou-o a defender-se e a ter disciplina.
O noviço Nick divide o tempo entre os estudos e a ajuda à comunidade. |
"Você não é capaz de entender todo o mal que aquela criança já causou. Escreva o que te digo: você deixou viver a pessoa que será responsável pela sua morte."
Nicholas pratica e ensina box na periferia de Nova York, como parte do plano para revitalização da área. |
Simon Daniels, 20 anos
"O hippie"
Simon foi criado para ser o que o pai desejava que fosse: amigo dos filhos dos mais ricos da escola, estudante de direito ou administração par ajudar os negócios e a família. Tinha seu futuro programado do "high-school" até a faculdade, até romper com tudo e sair de casa ao fazer 18 anos, passando a fazer parte da comunidade holística-astrofísica-espiritual-libertadora-magica-neo hippie de Terra Nova.
S.D. era o projeto do pai. |
"Eu sou Niara, princesa de meu povo. Ordeno que me levem até ele."
"Sigam-me e não mais sereis escravos, mas sim senhores das próprias terras."
S.D.escolheu ser livre e buscar a verdade |
Lauren Shawn, 21
"A ladra"
Lauren nasceu na Inglaterra, filha de família disfuncional, garota problema filha de mãe problema, mandou a mãe e o padrasto para a cadeia e fugiu para os Estados Unidos. Mantém-se através de roubos, praticados com seu mini-comparsa Oliver. Namora Richard que nada sabe a respeito de seu passado.
L.S. usa seu charme para cometer crimes |
"De quanto dinheiro estamos falando?" o.0
"Eu tenho de ir, vocês são meu povo, mas eu tenho de cumprir meu destino."
Muitos não se incomodam de ser roubados por L.S. |
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Simon
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Road Tripping
Um apanhado das últimas viagens com amigos:
Dachô - Londrina - PR - Majuzão e Fer |
Strassberg Haus - PR |
Strassberg Haus - PR - Raj, John John e Fer |
Algum lugar entre Quatá - SP e Assis - SP - Fer, Fer e Nersim |
Restaurante estilo 70's em Belo Horizonte - MG |
Igreja Abandonada em Quatá - SP - Dario, Fer, Fer e Nersim |
Chácara em Quatá - NErsim e Fer correndo em direção a água |
Just a mirror for the Sun |
Viracopos - Campinas - SP |
O melhor AÇAÍ do mundo em Belo Horizonte - MG http://www.youtube.com/watch?v=11GYvfYjyV0 |
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