- São eles - Disse o de chapéu segurando o telefone – O que faremos?
O rapaz o encarou serenamente, respondendo: Nada, Rogério. Não faremos nada.
Ele pousou o celular sobre a mesa, que continuava vibrando anunciando um número desconhecido.
Parou.
Um silêncio incômodo de segundos se seguiu.
- Como você descobriu que não era ele? - perguntou a moça loira, que até aquele momento não havia pronunciado uma única palavra desde que chegara. – Ninguém viu, ninguém percebeu!
O rapaz olhou para a moça com olhar de desprezo e sorriu:
- Acha mesmo que eu lhe daria esta dica, Diana?
Ela resmungou, tentou falar, segurou, olhou para o chão e por fim disse: Vou embora, se você não precisa mais de mim, Inês.
- PAULO! – a voz saiu com a força de um trovão pela boca do rapaz, a moça chegou a proteger o rosto, com medo de que fosse atingida. – Sua vadiazinha lambe-xanas! Já disse que meu nome é PAULO!
- Desculpe... – ela disse, levantando-se, pegando um capacete e escapulindo pela porta.
- Você não precisava tratá-la assim. – Ponderou o homem de chapéu. – Nós não estamos em posição de fazer mais inimigos. Há os 4, há o louco Jesus e ainda os vampiros... Pense bem...
O rapaz de levantou, caminhou até a janela e olhou para o jardim:
- Sabe qual o problema? Deveríamos ter sujado nossas mãos desde o início! Nada de ficar movendo peões. Deveríamos ter sujado nossas mãos com o sangue destes fedelhos desde que chegaram!
- Sabe que não podíamos fazer isso! Não sabíamos qual a relação da pedreira com eles. Se não fosse você na semana passada ainda estaríamos achando que dependeríamos destes moleques para sempre.
O rapaz tirou uma pedra do bolso:
- Eles precisam morrer. E precisamos pegar as almas deles.
- Eu posso cuidar disso. Vou atraí-los como ratos até uma ratoeira.
- O combatente está morto, Coveiro! A húbris dele foi tanta que não conseguiu nem ao menos liquidar Theodoro. Ele estava tomado por ela... não foi o paradoxo que o matou, foi sua húbris. Assim com foi a hubris de Theodoro que o trouxe aqui, para tentar vingança – Passou a pedra de uma mão para outra, examinando os detalhes. – Húbris, tudo pela húbris. É por ela que quero viver para sempre, é por ela que você quer Ângela de volta: você não pode suportar não poder ter algo que deseja. Você vai até o fim... matará por ela, morrerá por ela... eu, você, todos nós...
Ele acendeu um cigarro pensativo, fumou-o nervosamente.
- Como você descobriu?
O rapaz virou-se sorrindo, andou até o homem de chapéu, tirou o cigarro de suas mãos:
- O Filho da puta não respondeu quando chamei-o pelo nome verdadeiro...
Tragou profundamente, soltou a fumaça propositadamente no rosto do outro:
- Ligue para eles, antes que eles estranhem, finja ser o Combatente, Logiko, Theodoro..sei lá! Mas certifique-se de que eles cavem sua própria sepultura... deixe que eles pensem que estão em vantagem. Deixe que eles pensem que podem nos pegar... Eles vão virar comida de dragão...
Ele acendeu um cigarro pensativo, fumou-o nervosamente.
- Como você descobriu?
O rapaz virou-se sorrindo, andou até o homem de chapéu, tirou o cigarro de suas mãos:
- O Filho da puta não respondeu quando chamei-o pelo nome verdadeiro...
Tragou profundamente, soltou a fumaça propositadamente no rosto do outro:
- Ligue para eles, antes que eles estranhem, finja ser o Combatente, Logiko, Theodoro..sei lá! Mas certifique-se de que eles cavem sua própria sepultura... deixe que eles pensem que estão em vantagem. Deixe que eles pensem que podem nos pegar... Eles vão virar comida de dragão...
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